Peça “Fracassos da Corte” sobre a Princesa Joana no Cine-Teatro de Estarreja

sexta, 01 de março 2024


Nos 600 anos do início da construção da Igreja do Mosteiro de Nossa Senhora da Misericórdia, hoje Sé de Aveiro.

As comemorações do Jubileu da Catedral de Aveiro passam por Estarreja com teatro. No dia 15 de março, às 21h00, o Cine-Teatro de Estarreja recebe a peça “Fracassos da Corte”, escrita em 1682 por Giovanni Maria Muti e traduzida para português apenas em 2017, com dramaturgia e encenação de Cláudia Stattmiller.

Com produção da Start-Teatro – Escola de Teatro e Drama de Aveiro e co-produção da Comissão Cultural da Diocese de Aveiro e do Município de Estarreja/ Cine-Teatro, a peça testemunha a devoção da Princesa Joana de Portugal, herdeira do trono que, em pleno século XV, desafia as expectativas da Corte e do povo ao escolher a vida religiosa em vez do casamento com o Delfim de França.

A Diocese de Aveiro celebra, entre 12 de maio de 2023 e 13 de maio de 2024 um Ano Jubilar, concedido pelo Papa Francisco, sob o lema: “Igreja de Aveiro peregrina na esperança”. A comemoração do Jubileu convoca toda a diocese a peregrinar à Catedral. Em paralelo com as peregrinações, decorre um programa cultural com ações em cada um dos arciprestados [Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja/Murtosa, Ílhavo, Oliveira do Bairro, Sever do Vouga e Vagos].

As comemorações do Jubileu, em que foi concedida à Diocese de Aveiro Indulgência Plenária pelo Papa Francisco, encerram no dia 11 de maio de 2024 com uma concentração diocesana em Aveiro.


Outras iniciativas do programa cultural do Jubileu da Catedral de Aveiro:

1 de março, Igreja Matriz de Águeda
Concerto “Sequências marianas do fundo do Mosteiro de Jesus”, pelo grupo vocal Ançãble

15 de março, 21h00, Cine-Teatro de Estarreja
Teatro “Fracassos na Corte”

12 de abril
“Futuro da Igreja ou que Igreja de Futuro”, mesa redonda com D. António Moiteiro, Bispo de Aveiro; Isabel Capeloa, Reitora da Universidade Católica Portuguesa e P. Dr. José Fraga Cardoso, da Cúria Romana.

19 de abril, Igreja Matriz de Albergaria-a-Velha
Concerto “CATEDRAV”, Coro da Catedral de Aveiro

Até 11 de maio 
Exposição “Passado, presente e futuro” 
Local: Misericórdia de Aveiro, Museu de Aveiro e Catedral de Aveiro


Fracassos da Corte - Ficha técnica e artística
Dramaturgia e encenação: Cláudia Stattmiller
Texto: Giovanni Maria Muti
Tradução: Júlio Franclim
Consultor histórico: António Rebocho Christo
Elenco: Anabela Coelho; António Rato; Bernardo Gonçalves; David Mano; Dina Ribau; João Rodrigues; Nuno Sobral; Raffaella Olivieri; Rita Rato; Tiago Lopes. 
Apoio à encenação: Rita Camões
Figuração: Vera Medeiros e Alexandra Ranito
Imagem e comunicação: Pedro Ventura
Som e Direção técnica: Hugo Gamelas
Direção de cena: Jorge Batista
Técnico Iluminação: Diogo Marques
Uma produção da Start-teatro e Co-produção da Comissão Cultural da Diocese de Aveiro e Cine-Teatro de Estarreja
Apoio: Museu de Aveiro/Santa Joana; Museu do Brincar; Efémero – Cta; Palco de Argumentos 
Agradecimentos: Jorge Fraga

Sinopse:
Em pleno século XV, a Princesa Joana de Portugal, herdeira do trono, desafia as expectativas da Corte e do povo ao escolher a vida religiosa em vez do casamento com o Delfim de França. Senhora de grande fortuna e beleza, Joana prefere cilícios e penitências a ornatos e joias. A sua profunda devoção leva-a a renunciar ao poder e à riqueza para seguir sua vocação.

O seu irmão, o Príncipe D. João, com 15 anos mas de frágil saúde, e as constantes viagens a África de seu pai, o Rei D. Afonso V, obrigam Joana a estar disponível para assumir a sucessão. Numa tentativa de a cortejar, o Delfim da França, veste-se de mulher e disfarçado de Camila procura impedir Joana de seguir a vida de religiosa e aceder a casar-se. Mas a sua fé inabalável impede-a de ceder. 

Em 1471, entre intrigas e conflitos, Joana renuncia à regência do reino e segue o seu destino, entrando no Mosteiro de Aveiro. Assistimos assim a uma “Corte que fracassa”, uma vez que não consegue cativar a Princesa, nem sobrepor-se aos desígnios divinos. Entre princesas e reis, bobos e pretendentes, cortesãs e confidentes, "Fracassos da Corte" é uma história inspiradora sobre fé, coragem e a busca pela felicidade.

Sobre o autor:
Giovanni Maria Muti foi um frade dominicano e dramaturgo italiano. Nasceu em 1649 em Milão e faleceu em 1727 em Roma. Escreveu diversas peças de teatro, principalmente sobre temas religiosos. "Fracassos da Corte" é considerada a sua obra mais importante. Embora originalmente escrita em italiano em 1682, "Fracassos da Corte" ganhou tradução para o português apenas em 2017. A peça destaca-se como um marco histórico, oferecendo um olhar singular sobre a religiosidade e os conflitos sociais da época.