Exposição “Ria de Aveiro – Memória de Sítios, Gentes, Usos e Costumes” abre este sábado

Abre este sábado, dia 18, a exposição “Ria de Aveiro – Memória de Sítios, Gentes, Usos e Costumes” Coleção DIAMAR de Diamantino Matos e Maria Rosa. A sessão de inauguração terá início às 16h no Edifício dos Paços do Concelho, à qual se seguirá; às 17h, a abertura da mostra na Casa da Cultura.

A Casa Municipal da Cultura acolhe uma parte da coleção particular de Diamantino Matos e Maria Rosa. Esta mostra é constituída por 100 obras de 43 artistas, dividindo-se por quatro espaços expositivos: Sala BioRia José Mendonça, Sala Iliabum Cândido Teles Sala Alavarium José Augusto e Sala S. Paio José Valente. A mostra estará patente ao público até dia 20 de maio.

Esta exposição cheira ao moliço descarregado a braços e a padiola nos antigos cais fervilhantes de gente das nossas ribeiras. Tem a luminosidade imaculada e alva do sal das marinhas que nos faz semicerrar os olhos de prazer cromático. Faz-nos respirar a liberdade no voo acrobático das gaivotas que do imenso azul descem aos moirões de poiso dos trapiches. 

Recorda-nos com saudade os sons dos pregões das varinas descalças e andar ondulante com a canastra à cabeça. Vivencia ainda o íntimo das nossas preces e promessas caldeadas com a partilha festiva e lúdica nas populares e tradicionais festas ribeirinhas. Mostra a nossa cumplicidade sorridente e marota perante as pinturas brejeiras dos painéis das proas e das rés dos moliceiros. Ensina-nos com o lirismo das cores que a poesia é pura imaginação ao leme dum moliceiro pessoano.  E há as marés, as velas e os ventos. Há as redes das artes, os pescadores de luas e as bateiras do ganha-pão. E sempre as paisagens marinhoas. A nossa paisagem única. O nosso húmus. Nós somos isto.
Diamantino Matos

Programa sessão de inauguração

15H00 - Sessão de Abertura no Salão Nobre dos Paços do Concelho

Diamantino Matos “A coleção como visão anímica e de fruição do mundo lagunar”
Fernando Mendonça “Interpretação artística da coleção no contexto da história da arte marinhoa”
Diamantino Sabina “A insustentável leveza da arte na política local”

16h00– Inauguração da Exposição na Casa da Cultura de Estarreja

ARTISTAS REPRESENTADOS

SALA BIORIA JOSÉ MENDONÇA 
Tela, madeira e papel
Alberto Sousa
Alfredo Luz
António Joaquim
Carlos Ramos
Edmundo Cruz
Eduarda Lapa
Gil Maia
Joakin Pereyra
José Mendonça
Lauro Corado
Maria Oliveira Pinto
Mário Silva
Mota Urgeiro
Pedro Olaio (pai)

Cerâmica e porcelana
Beatriz Campos
Magna Ferreira

Múltiplos
Armando de Andrade
Fausto Ferreira

SALA ILIABUM CÂNDIDO TELES
Tela e papel
António Neves
Cândido Teles
Eduarda Lapa
Fausto Sampaio
Hipólito de Andrade
Michael Barrett
Zé Penicheiro

Múltiplos
Cândido Teles

SALA ALAVARIUM JOSÉ AUGUSTO
Tela e papel
António Reis
Eduarda Lapa
Jaime Isidoro
Jorge Trindade
Lopes de Sousa
Manuel Bandarra
Manuel Tavares
Silva Palmeira
Zé Augusto
Zé Penicheiro

Barro, cerâmica e azulejo
Jeremias Bandarra
José Augusto
Vasco Branco

Múltiplos
Jorge Trindade
Zé Augusto

SALA S. PAIO JOSÉ VALENTE
Tela e papel
Anísia Simões
António Rendeiro
Frank Cravo
José de Oliveira
José Valente
Manuel Tavares
Manuel Tavares Júnior
Tavares Gravato
Madeira s/tela
Xico Lucena

Múltiplos
José João Brito