Apresentação do livro de poesia “Distância” do jovem escritor Miguel Seara

No dia 3 de junho, quinta-feira, às 16h00, o escritor Miguel Seara apresenta o seu livro de poesia “Distância”, no Cine-Teatro de Estarreja. Este evento é de participação gratuita, sujeito a levantamento obrigatório de bilhete.

segunda, 31 de maio 2021


Movido por questões essencialmente existencialistas, Miguel Seara percebeu que a sua vida passaria pela escrita ao compreender a inevitabilidade da morte, a irremediabilidade do instante e a eternidade das palavras. Miguel Seara nasce a 12 de junho de 1995, em Coimbra. Reside na zona de Aveiro até aos 18 anos. Nessa altura muda-se para o Porto a fim de abraçar o curso de Direito na Universidade Católica Portuguesa, onde quatro anos mais tarde se viria a licenciar. Atualmente frequenta o mestrado de Direito e Gestão na mesma instituição.

Nota biográfica do autor:

“Creio que desde sempre foi assim. Olhava em redor e a vida encontrava-se algures perdida: talvez esta adiantada, talvez eu atrasado, quem sabe. Creio que nunca estivemos no mesmo espaço, sentados e cara a cara, por muito tempo. Em nome de algo maior por recordar ou preparar, agarrava-me a coisas sem nome que entretinham os dias e esqueciam a vida. Mais tarde, num tiro sem anúncio (pelo menos eu assim o entendi), o tempo não esperou e fez do futuro presente, do presente passado. Caído nesse abismo, sem bússola ou agenda entre dedos, foi por mão da poesia que me salvei; essa mesma mão, cuja sorte de encontrar e a habilidade de não perder tive, renovou de luz e esperança os meus dias, inspirou-os, avolumou-os, tornou próximo cada centímetro de passado que julgava perdido. Soube como que de imediato que era a esse reino, não bem concreto ou inteiramente palpável, que o mais puro e real de mim pertenciam. Hoje, se alegre e sereno sinto o correr dos ponteiros, à poética (e só à poética) o devo. Como direi? Sem poesia, a minha vida seria apenas a minha vida; com poesia, faço dela uma história com dignidade, um quadro com moldura. Um olhar para depois.”