O Associativismo como meio de integração
quarta, 28 de maio 2003
“O Associativismo como meio de integração” foi o tema escolhido pela Associação Portuguesa de Deficientes, delegação de Estarreja, para debater a importância dos grupos associativos na integração dos cidadãos com deficiência.
A sessão de abertura contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, José Eduardo de Matos, do Presidente da Junta de Freguesia de Veiros, José Fernando Henriques, e do Presidente da Delegação de Estarreja da Associação Portuguesa de Deficientes, Matos Almeida.
José Eduardo de Matos, salientou a necessidade da comunidade entender a nova cultura de igualdade para com os deficientes, naturalmente traduzida no esforço que a Câmara Municipal tem feito para tornar o Concelho de Estarreja munido de estruturas que permitam o fácil acesso a cidadãos com dificuldades motoras. Esta sensibilidade do actual executivo está bem patente nas obras de remodelação do cinema, bem como do projecto de instalação de um elevador na Câmara Municipal ou na reiterada contratação de cidadãos deficientes.
Este colóquio contou com um painel de três oradores, José Cláudio Vital, Vereador de Acção Social da Câmara Municipal de Estarreja, Eduardo Pereira Marques, Presidente da Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio, e Humberto Reis, Presidente da Associação Portuguesa de Deficientes.
José Cláudio Vital, debruçou a sua intervenção na importância que as associações e colectividades do concelho têm para a integração e ocupação dos tempos livres de toda a população, substituindo muitas das vezes o papel do Estado. O PACE e o PADE, dois programas que pretendem regulamentar os subsídios que a Câmara Municipal atribui às associações e colectividades concelhias, premiando as que mais trabalham e se esforçam por organizarem actividades culturais, recreativas e desportivas.
Eduardo Pereira Marques debruçou a sua intervenção no enquadramento legal das colectividades de Cultura e Recreio a nível nacional, dando a conhecer as alterações legislativas que irão ser debatidas na Assembleia da República e no esforço que esta Federação está a fazer para dignificar e expandir o associativismo em Portugal.
Por último, Humberto Reis, Presidente da APD, frisou a importância que as associações de deficientes têm na luta pela igualdade de direitos, e na divulgação das necessidades especiais que estes cidadãos necessitam. Como exemplo visível de valorização desta prática mencionou a Câmara Municipal de Estarreja, salientando que, “como no último aniversário da APD, o Sr. Presidente ficava nas sessões para ouvir e não ia embora após as palavras de abertura”.
Este colóquio, apesar de não ter casa cheia, foi um importante contributo para uma vez mais sensibilizar a população para muitas das dificuldades sentidas pelos cidadãos com deficiência e realçar o importante papel que as colectividades concelhias têm na integração destas pessoas.