Trabalho de Crispim Rodrigues com luso descendentes reconhecido em programa de televisão
Embarcam numa viagem à procura de uma vida melhor. As malas transportam histórias e memórias pesadas. Mas acima de tudo a esperança de encontrar um lar, uma cidade, um país e um local seguro. Emigrantes e luso-descentes procuram em Estarreja um futuro e melhores condições de vida. Ontem, dia 25, foi dia de homenagear um homem que eleva a palavra solidariedade. Falamos de Crispim Rodrigues.
Foi no programa da RTP “A Nossa Tarde”, conduzido por Tânia Ribas de Oliveira, que o homem que rumou à Venezuela com a família com apenas 5 anos falou da sua vida e do trabalho que desenvolve em prol dos emigrantes. Na Venezuela viveu 40 anos e hoje não fica indiferente à dor dos que procuram na cidade de Estarreja a estabilidade que não encontram no país que um dia os recebeu. Ajuda todos aqueles que querem regressar a Portugal e procuram ajuda na SEMA – Associação Empresarial.
O Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, Diamantino Sabina, surpreendeu Crispim Rodrigues durante o programa televisivo exaltando a dedicação deste cidadão perante os pedidos de ajuda que chegam diariamente. Lembrou ainda que a Câmara Municipal criou em fevereiro passado o Gabinete de Apoio ao Emigrante (GAE) com o objetivo de facilitar a vida a quem chega ao município estarrejense ao oferecer um serviço de maior proximidade e que responde a questões inerentes ao regresso e reinserção em todas as suas vertentes: social, jurídica, económica, investimento, emprego e estudos, entre outras.
Diamantino Sabina garante que "em Estarreja estamos preparados e esperamos estar à altura daquelas que são as necessidades destas pessoas que procuram guarida em Portugal e em Estarreja”. O GAE já acompanhou mais de 200 famílias que procuram apoio essencialmente em assuntos relacionadas com os procedimentos gerais de fixação de residência em Portugal (SEF); emprego; reconhecimento de habilitações; nacionalidade; habitação; segurança social; apoios económicos; troca de título de condução estrangeiro; saúde; educação (integração escolar e cursos de português); entre muitos outros.
O edil sublinhou que “há outros fenómenos que não só o venezuelano que vão ocorrendo. Temos recebido gente do Brasil, da Colômbia, da Índia, de países africanos, entre outros países que procuram Portugal como alternativa”. Contudo, realçou que é urgente reforçar o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) para acelerar os processos de legalização. “Precisamos de mão-de-obra. O nosso concelho está a crescer no sector industrial e necessitamos desta disponibilidade. Há que ter políticas para se abrirem as fronteiras, reforçar as entidades para melhorarem e resolverem estas situações.”
O gabinete surge no âmbito de um acordo de cooperação que foi assinado, no passado dia 11 de janeiro de 2019, entre a Câmara Municipal de Estarreja e a Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
(Re) veja o programa aqui.