70 anos da atribuição do Prémio Nobel a Egas Moniz celebrado em Vouzela
A Câmara Municipal de Estarreja assinou um protocolo de cooperação e colaboração institucional com o Município de Vouzela com o objetivo de assinalar os 70 anos da atribuição do Prémio Nobel da Medicina a Egas Moniz, através de uma exposição evocativa que se realizou na Casa do Povo de Alcofra, Vouzela.
No dia 12 de maio arrancaram as iniciativas que marcam o início das comemorações desta efeméride com uma sessão solene que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, Diamantino Sabina, da Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Estarreja Isabel Simões Pinto, o Presidente da Junta de Freguesia de Avanca, José Borges, e também do sobrinho neto de Egas Moniz, António Macieira Coelho, que se estendem até ao próximo mês de setembro.
Foi ainda inaugurada a exposição “Egas Moniz, Cidadão Honorário de Alcofra”, na sede da Casa do Povo de Alcofra, e que contou com documentos e objetos pessoais de Egas Moniz. Nesta mostra, comissariada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e que esteve patente até 20 de maio, os visitantes tiveram a oportunidade de contactar com a vida e obra do Prémio Nobel a partir de um conjunto de peças, documentos e fotografias cedidas pela Casa Museu Egas Moniz que permitem perceber esta relação e ligação a Alcofra, e de alguns trabalhos elaborados pelos alunos do 1.º ciclo da Escola de Viladra que executaram ao longo de oito meses, depois de visitarem a Quinta do Marinheiro e Casa Museu Egas Moniz, em Avanca.
Esta homenagem ao médico, neurocientista, professor, político, escritor, ensaísta e industrial António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz surge pela forte ligação a esta terra onde moraram os avós maternos e a sua mãe. Em 13 de dezembro de 1953, após homenagem pública à sua mãe, D. Maria do Rosário de Almeida Sousa Abreu, Egas Moniz enviou um telegrama dirigido à Junta local, pedindo para ser considerado cidadão da freguesia: “Alcofra venera e recorda hoje nome minha santa mãe. Profundamente grato peço honra de me considerarem Alcofrense.” O trabalho de investigação realizado pela Casa-Museu Egas Moniz revelou ainda que durante toda a vida, Egas Moniz nunca omitiu as suas raízes “caramulanas”, como é bem evidente no seu livro “ A Nossa Casa”.
O neurocientista é indiscutivelmente um dos nomes da medicina mundial e, no próximo mês de outubro (dias 26 e 27), Estarreja e Coimbra assinalam os 70 anos do único Prémio Nobel português da Medicina com um conjunto de atividades de caracter científico, que a seu tempo, e como se lê no monumento erigido na sua terra natal, “ Deu Nova Luz à Humanidade”.
