Direitos da Criança em destaque no concelho de Estarreja
Os estendais do concelho de Estarreja ganharam um novo significado. As roupas foram substituídas por mensagens escritas pelas mãos dos alunos dos Agrupamentos de Escolas e as IPSS do Concelho, Ensino Pré-escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico, no âmbito do 29º aniversário da Convenção sobre os Direitos das Crianças, um desafio lançado pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Estarreja e o Município de Estarreja.
Amor, Proteção, Educação, Alimentação, Segurança, Cuidado, Desenvolvimento Mental e Social, Saúde, Brincar
Foram muitas as palavras de ordem que marcaram este dia que teve como objetivo envolver as organizações e os cidadãos, através da exposição de mensagens sobre os Direitos da Criança no espaço público, procurando, assim, aumentar a consciência pública acerca destes Direitos, aumentar a consciência das crianças e jovens sobre os seus direitos e facilitar a integração plena das crianças e jovens no processo de desenvolvimento dos seus direitos.
A CPCJ de Estarreja assumiu como um dos seus objetivos estratégicos conferir uma nova dinâmica à Comissão Alargada e, consequentemente, tornar mais visível a sua ação na comunidade. Esta comissão tem um papel fundamental na prevenção dos maus tratos das crianças e jovens e isso consegue-se com ações de sensibilização para a promoção e proteção dos Direitos da Criança, dirigidas aos diversos públicos. Por isso aderiu à Campanha Nacional “Estendal dos Direitos”. Isabel Simões Pinto, presidente da CPCJ, esclareceu que “através desta campanha conseguimos envolver vários agentes educativos e sociais, nomeadamente os Agrupamentos de Escolas, IPSS, professores e educadores, famílias, outros organismos da comunidade, como são exemplo as Juntas de Freguesia, e toda a Comissão Alargada, em particular o grupo de trabalho constituído para o efeito, que preparou e acompanhou o desenvolvimento da campanha, junto das escolas e jardins-de-infância, de uma forma impar e exemplar”.
Como parceira do sistema educativo do Município, a CPCJ propôs à Câmara Municipal a inclusão da Campanha “Estendal dos Direitos” no Programa Municipal de Educação de forma a que, efetivamente, todas as escolas fossem envolvidas neste projeto, e de forma articulada. “A adesão e o número de trabalhos excederam as nossas expectativas, o que nos fez repensar o momento final da exposição em espaço público dos “Estendais dos Direitos” e permitiu que chegássemos a todas as Freguesias. Desta forma, também conseguimos que um maior número de crianças refletisse sobre os seus Direitos, consagrados na Convenção dos Direitos das Crianças. Ao envolver as crianças na promoção dos seus direitos estamos a contribuir para a sua formação e desenvolvimento integral, tornando-os mais capazes e mais conscientes”, explicou a presidente da CPCJ.
Depois do sucesso desta primeira participação e das reações da comunidade em geral, a CPCJ revela o sentimento de “missão cumprida”. E como a prevenção é “uma missão constante, esta campanha será para repetir em 2019, ano em que se celebra o 30.º Aniversário da Convenção dos Direitos da Criança”, adiantou a vereadora.
As “peças de roupa de direitos” estendidas de norte a sul de Estarreja, podem ser visitadas até final do mês de novembro.
Trabalho em prol do bem-estar das nossas crianças e jovens
No concelho de Estarreja, as problemáticas mais prevalentes nos processos de promoção e proteção são o absentismo escolar, a violência doméstica e a negligência, expondo as crianças a comportamentos e situações que colocam em causa o seu equilíbrio emocional e o seu desenvolvimento saudável e integral. Isabel Simões Pinto salienta que “é nestas problemáticas que assenta o foco principal das nossas preocupações e da nossa intervenção. Trabalhar as competências parentais das famílias destas crianças com processo de promoção e proteção, apoiando-as nas suas fragilidades é a nossa prioridade, sempre de forma articulada com as demais entidades com competência em matéria da Infância e Juventude, como são exemplo a escola e as IPSS, e privilegiando, sempre, a permanência da criança na família”.