O Prémio Nobel da Medicina foi atribuído a Egas Moniz há 69 anos

Assinalando os 69 anos do único Prémio Nobel português da Medicina e os 117 anos do Jornal “O Concelho de Estarreja”, a Câmara Municipal de Estarreja realizou uma sessão comemorativa onde foi apresentado o livro com crónicas de António Augusto Silva “Sempre Marinhões”. A iniciativa decorreu no dia 27 de outubro, sábado, na Casa Museu Egas Moniz, em Avanca.

quarta, 14 de novembro 2018


José Eduardo Matos, diretor do jornal “O Concelho de Estarreja”, durante a iniciativa realçou que “fazer 117 anos é o grande pretexto para lançar esta obra na Casa do fundador deste jornal com tanta história”. Nas suas palavras, só foi possível celebrar esta data junto de tantas pessoas e com a apresentação do livro com crónicas de António Augusto Silva – que tem um conhecimento profundo do fenómeno cultural regional - com o apoio do Executivo do Município de Estarreja.

O autor do “Sempre Marinhões” contou que quando o grande desafio que enfrentou para escrever o livro foi ”reunir textos de vários escritores anónimos ou até esquecidos que tão bem tão bem conhecem a nossa terra desde padres, políticos, viajantes, homens e mulheres com uma ligação profunda à terra marinhoa.

A Câmara Municipal de Estarreja, em termos estratégicos de política cultural, tem apostado na preservação, na divulgação e na valorização do património do concelho. “Se não conhecermos a nossa história e o nosso passado, não conseguimos entender o presente nem preparar o futuro”, salientou a vereadora da cultura, Isabel Simões Pinto.

2018 é o Ano Europeu do Património Cultural. Durante este ano pretende-se incentivar mais pessoas a descobrir e explorar a riqueza do património cultural (a nível europeu, nacional, regional e local), e reforçar o sentimento de pertença a um espaço europeu comum. E a autarquia tem realizado inúmeras iniciativas sempre com a colaboração de Estarrejenses. Isabel Simões Pinto referiu que este esforço conjunto “tem contribuído para a recuperação de muitos tesouros que estavam esquecidos e perdidos, e ainda para com que a nossa identidade cultural não fique esquecida”.

Durante o evento, além da celebração deste jornal centenário, também foi lembrado o médico, neurologista, cientista, professor, político, escritor, ensaísta e industrial, António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz. A 27 de outubro de 1949, Egas Moniz era galardoado com o Prémio Nobel da Medicina, um acontecimento que fez história há 69 anos.

Egas Moniz foi o primeiro português a ganhar um Nobel, no dia 27 de outubro de 1949, pela descoberta da leucotomia pré-frontal. Permanece ainda como o único Prémio Nobel português de ciência.
Intimamente relacionado com o percurso e a vida do investigador, a Casa Museu Egas Moniz, antiga Casa do Marinheiro onde o cientista nasceu, situada em Avanca, reúne um conjunto de coleções de arte que o casal Egas Moniz e a sua esposa Dona Elvira foram reunindo ao longo da vida.