O Prémio Nobel da Medicina foi atribuído a Egas Moniz há 69 anos
Assinalando os 69 anos do único Prémio Nobel português da Medicina e os 117 anos do Jornal “O Concelho de Estarreja”, a Câmara Municipal de Estarreja realizou uma sessão comemorativa onde foi apresentado o livro com crónicas de António Augusto Silva “Sempre Marinhões”. A iniciativa decorreu no dia 27 de outubro, sábado, na Casa Museu Egas Moniz, em Avanca.
José Eduardo Matos, diretor do jornal “O Concelho de Estarreja”, durante a iniciativa realçou que “fazer 117 anos é o grande pretexto para lançar esta obra na Casa do fundador deste jornal com tanta história”. Nas suas palavras, só foi possível celebrar esta data junto de tantas pessoas e com a apresentação do livro com crónicas de António Augusto Silva – que tem um conhecimento profundo do fenómeno cultural regional - com o apoio do Executivo do Município de Estarreja.
O autor do “Sempre Marinhões” contou que quando o grande desafio que enfrentou para escrever o livro foi ”reunir textos de vários escritores anónimos ou até esquecidos que tão bem tão bem conhecem a nossa terra desde padres, políticos, viajantes, homens e mulheres com uma ligação profunda à terra marinhoa.
A Câmara Municipal de Estarreja, em termos estratégicos de política cultural, tem apostado na preservação, na divulgação e na valorização do património do concelho. “Se não conhecermos a nossa história e o nosso passado, não conseguimos entender o presente nem preparar o futuro”, salientou a vereadora da cultura, Isabel Simões Pinto.
2018 é o Ano Europeu do Património Cultural. Durante este ano pretende-se incentivar mais pessoas a descobrir e explorar a riqueza do património cultural (a nível europeu, nacional, regional e local), e reforçar o sentimento de pertença a um espaço europeu comum. E a autarquia tem realizado inúmeras iniciativas sempre com a colaboração de Estarrejenses. Isabel Simões Pinto referiu que este esforço conjunto “tem contribuído para a recuperação de muitos tesouros que estavam esquecidos e perdidos, e ainda para com que a nossa identidade cultural não fique esquecida”.
Durante o evento, além da celebração deste jornal centenário, também foi lembrado o médico, neurologista, cientista, professor, político, escritor, ensaísta e industrial, António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz. A 27 de outubro de 1949, Egas Moniz era galardoado com o Prémio Nobel da Medicina, um acontecimento que fez história há 69 anos.
Egas Moniz foi o primeiro português a ganhar um Nobel, no dia 27 de outubro de 1949, pela descoberta da leucotomia pré-frontal. Permanece ainda como o único Prémio Nobel português de ciência.
Intimamente relacionado com o percurso e a vida do investigador, a Casa Museu Egas Moniz, antiga Casa do Marinheiro onde o cientista nasceu, situada em Avanca, reúne um conjunto de coleções de arte que o casal Egas Moniz e a sua esposa Dona Elvira foram reunindo ao longo da vida.