Estarreja no Mapa da Programação Cultural em Rede da Região de Aveiro
Com o objetivo de valorizar o património natural e cultural da região e criar novos roteiros turísticos e criativos, o Município de Estarreja volta a integrar a Programação Cultural em Rede da Região de Aveiro, que abrange um total de 11 municípios. No caso particular de Estarreja, o enfoque foi para a construção naval tradicional e os 4 eventos associados abrangeram algumas centenas de pessoas.
Também incluído nas comemorações do Ano Europeu do Património Cultural, Estarreja recebeu espetáculos e conversas, todos com o mesmo denominador comum: a construção naval tradicional. O Cine-Teatro de Estarreja e o Estaleiro Mestre Esteves, em Pardilhó, foram os palcos de espetáculos diversos e de uma conversa informal.
Ilustração, Música Tradicional e Novo-Circo
A abrir as hostilidades, Filipe Raposo e António Jorge Gonçalves retrataram os esteiros num espetáculo misto de música e ilustração. Num concerto “para piano e caneta”, ambos protagonizaram um momento poético singular e intimista. Inspirados nas belíssimas paisagens do Baixo Vouga Lagunar, os artistas protagonizaram um diálogo intenso repleto de cor, abstração e emoção.
No sábado, Celina da Piedade, acompanhada dos A Par d’Ilhós, regressou a Estarreja para uma viagem, na voz e no acordeão, pelas memórias da música de raiz popular portuguesa. Um concerto cheio de cor, animação e alegria, com histórias saborosas contadas na primeira pessoa e com total entrega do público.
Domingo foi dia de novo-circo. Através do espetáculo “Plaina”, a Companhia Umpor1 apresentou uma encomenda do Município, retratando um estaleiro naval inóspito, numa alusão à construção naval, uma atividade em vias de extinção.
Conversa sobre Construção Naval
Um dos mais antigos construtores de barcos moliceiros e uma designer apaixonada por esta arte, partiram numa viagem no tempo em busca de memórias. O Estaleiro do Mestre Esteves foi o palco de uma agradável e descontraída conversa entre o próprio [António Esteves] e Etelvina Almeida. Dentro de um barco moliceiro, e num diálogo conduzido pela designer, foram partilhadas histórias e memórias de um homem que dedicou toda a sua vida à construção naval.
Um fim de semana cultural intenso em que o Património estarrejense foi o Artista que encheu o palco.