Prestação de Contas 2017: Independência financeira acima da média
Estarreja tem um grau de independência financeira acima da média nacional, da região centro e da CIM Região de Aveiro. Este é um dos indicadores das Contas do Município de Estarreja relativas a 2017 que comprovam a saúde financeira da Câmara Municipal, não obstante o aumento de investimento. Os documentos de prestação de contas foram aprovados por maioria na Assembleia Municipal, na última sexta-feira, dia 27 de abril.
Em 2017, o valor da despesa paga foi de 17 034 616,38€, tendo o montante total de receita arrecadada ascendido a 22 369 726,93€. Ou seja, a despesa global aumentou 4,27%, enquanto que a receita global aumentou 8,40%. A taxa de execução das receitas arrecadadas e das despesas pagas face ao estimado em documentos previsionais foi de 98,24% e 74,81%, respetivamente.
Não obstante os investimentos realizados ao nível da coesão social, cultura ou reabilitação urbana, para além do grau de independência financeira de 61,40%, o Município evoluiu favoravelmente no que se refere à dependência das Receitas do IMI, que agora ronda os 41%. O passivo reduziu 6,24%. O peso das despesas correntes voltou a diminuir na despesa global. E a dívida de médio e longo prazo também regista nova descida de 13%, diminuindo para os 7,6 milhões de euros.
Saldo de gerência com acréscimo de 25%
Ao longo do último quadriénio, o Município de Estarreja tem registado saldos de tesouraria positivos. O saldo de gerência de 2017, que transita para 2018, totaliza um global de 5.335.110,55€, significando um acréscimo de poupança superior a 25% em relação a 2016.
Destaca-se ainda o resultado líquido positivo de 805.274,29€. E outro dado a reter é o prazo médio de pagamentos a fornecedores que em Estarreja é de 13 dias.
Mais poupança, mais investimento
A evolução da poupança corrente permite verificar o bom desempenho financeiro do Município, permitindo a libertação de meios para aplicar em investimento e amortização de dívida. Uma conduta que tem permitido à autarquia apostar em opções estratégicas, como é o caso das obras no Mercado Municipal. Em 2017, a poupança corrente cifrou-se em 3.639.476,49€, garantindo o princípio do equilíbrio orçamental.
Os resultados evidenciam uma gestão financeira prudente mas que não deixam de pensar no Munícipe, nomeadamente através da manutenção das medidas de alívio da carga fiscal das famílias.
Juntas de Freguesia com mais transferências
Com um aumento de 10%, o montante total das transferências para as freguesias (correntes e capital) atingiram em 2017 o valor global de 1.131.945,64€, transferências para as freguesias, no âmbito dos acordos de execução e contratos interadministrativos celebrados de delegação de competências.
Coletividades com mais apoio
O valor global transferido para instituições sem fins lucrativos atingiu em 2017, 1.145.554,09€, que resulta de uma política de intervenção municipal com o objetivo de promover e apoiar o desenvolvimento do associativismo cultural, desportivo, educativo e social. Regista um aumento de 17% face a 2016.
Os documentos foram aprovados em sede de Reunião de Câmara, no dia 16 de abril, por maioria, com cinco votos a favor da Coligação PSD/CDS-PP e duas abstenções do PS. Tendo sido igualmente aprovados por maioria na sessão da Assembleia Municipal realizada na última sexta-feira, dia 27 de abril, com 16 votos favoráveis da coligação e dos cinco Presidentes de Junta de Freguesia, e 9 votos contra do PS e CDU.