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Formação profissional não responde às reais necessidades das empresas
Apontando para o “desequilíbrio” existente entre o ensino e formação profissional e a procura real de mão de obra, o Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, Diamantino Sabina, abriu esta manhã o Seminário "O Futuro do Ensino Profissional nas Empresas e na Economia da Região", na Biblioteca Municipal, e que dá inicio à Semana da Educação.
Para o autarca a “problemática está a ser descurada” e a formação profissional continua a ser “o parente pobre da formação em Portugal” que precisa de “ser bem estruturada e bem encaminhada face ao que são as reais necessidades do nosso país. É uma via credível que dá emprego, dá bons empregos.”
Da sua experiência como autarca, ressalva a dificuldade sentida pelas empresas em recrutar mão de obra qualificada. Uma queixa que ouve constantemente e que na sua previsão pode trazer graves dissabores ao país. Porque ao atual ciclo de forte investimento estrangeiro pode acontecer precisamente o inverso. “Vão começar a desinvestir”, antevê.
Deu o exemplo concreto do investimento crescente verificado no seu município. “No Eco Parque Empresarial de Estarreja em 4 anos fomos de 14 para 27 empresas, há novas empresas a instalarem-se que precisam de mão de obra diferenciada e qualificada.”
Em simultâneo, “a região de Aveiro está quase a bater o pleno emprego, andamos no limiar do pleno emprego. Estarreja andará nos 6% de desemprego. Somos 27 mil e inscritos do IEFP são cerca de 770, portanto rapidamente vamos chegar ao pleno emprego."