CTE: 10 anos de pulsação cultural
A 18 de junho de 2005 era a batuta de José Ferreira Lobo que conduzia a Orquestra do Norte. As velas da primeira década deste projeto cultural acendem-se hoje e serão sopradas no sábado, 20 de junho, pelos Jafumega, pela Orquestra Filarmonia das Beiras e por um auditório repleto de público.
Festa garantida para celebrar o 10º Aniversário da Reabertura do Cine-Teatro de Estarreja (CTE), edifício assinado em 1950 pelo arquiteto Raul Rodrigues Lima (1909-1979). Mais de 40 músicos em palco, novos arranjos dados a êxitos intemporais da banda portuense, num concerto totalmente esgotado que vai levar a plateia ao rubro, oxigenada pelas sonoridades pop/rock dos anos 80.
10 anos, 275 mil espectadores, 3083 eventos. São estes os números do CTE, coração cultural de Estarreja, e comprovam a maturidade do equipamento. Com presença obrigatória nos principais cardápios culturais do país, capacidade para atrair públicos de toda a região, o CTE apresenta uma atividade regular e concertada numa programação anual heterogénea, multidisciplinar e pertinente.
Motivos não faltam para comemorar. João Alegria, Vereador da Cultura do Município de Estarreja acredita no trabalho frutuoso que a autarquia tem desenvolvido em prol da cultura e confirma o posicionamento da sala no panorama artístico nacional. “Ao longo destes 10 anos o CTE tem-se consolidado como uma marca cultural, não só do concelho e da região como também do país, e é hoje referenciado como um dos pontos de passagem dos grandes nomes da música, da dança e do teatro”, referiu João Alegria, congratulando o trabalho desenvolvido numa “programação transversal de referência ao nível da região.”
36% de crescimento
Destaca-se o exercício permanente na definição de uma pegada cultural na população. O passo dado com a criação do LAC - Laboratório de Aprendizagem Criativa, em 2014, rede que abraça os projetos educativos dos vários equipamentos municipais, com o objetivo de trabalhar na comunidade os princípios da Educação pela Arte e Aprendizagem ao Longo da Vida, tem mostrado um forte impacto na captação e formação de novos públicos, bem como na sua aproximação ao universo artístico.
Só no último ano, o CTE registou um aumento de 35,85% de espectadores, face ao período homólogo do ano anterior. Valores apenas superados em 2007, no final do segundo ano de atividade, desde a reabertura. Em média, o número de públicos cresce 8% por cada ano de exercício cultural.
Uma aposta municipal
O CTE materializa uma aposta do Município de Estarreja na descentralização e democratização da cultura, provando a importância do trabalho desenvolvido a este nível em cidades de média dimensão. A estratégia cultural do Município, que tem no CTE um pilar reforçado, justifica o investimento atento da autarquia. Além dos conteúdos programáticos emoldurados na atualidade e pertinência artística de cada projeto calendarizado, o CTE tem sido alvo de melhoramentos constantes ao longo desta década de atividade, desde a reabertura.
A instalação do cinema digital e do equipamento de som, num investimento global de 123 mil euros, foram as últimas atualizações realizadas. A 28 de setembro de 2014 a revolução digital do cinema chegou ao grande ecrã do CTE, permitindo um cartaz de filmes mais atual e atrativo e resultou num aumento exponencial na procura das sessões de cinema. Por outro lado, a aposta municipal de 69 mil euros no equipamento de amplificação e gestão de som de última geração, permite responder de forma adequada às exigências atuais de qualidade acústica. Passados 10 anos, o CTE conseguiu concretizar o projeto de estruturação sonora do espaço e garantir elevados níveis de satisfação e comodidade, melhorando a oferta no seu todo.