Requalificação da Frente lagunar

Os esteiros e ribeiros do concelho continuam a ser requalificados, de forma a se tornarem cada vez mais agradáveis, conquistando mais visitantes e contribuindo para a qualidade de vida dos estarrejenses que aproveitam a frente lagunar concelhia para passear, descontrair ou para a prática de desporto e exercício físico. Estando a terminar mais uma fase de intervenção do programa Polis da Ria de Aveiro, o Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, Diamantino Sabina, e o Vice-presidente Adolfo Vidal, responsável pelo Pelouro de Obras Públicas e Ambiente, visitaram as obras em curso. 

 

Em termos globais, o programa Polis representa um investimento de perto de 4 milhões de euros em Estarreja, sendo 25% do montante suportado pela Câmara Municipal. 

 

Com as melhorias introduzidas “nos nossos ribeiros e esteiros esperamos trazer cada vez mais pessoas para próximo desta nossa frente lagunar que é naturalmente bonita, mas que, com pequenos ajustes, conseguimos tornar ainda mais atrativa”, salientou Diamantino Sabina. Finalizadas as obras, o autarca reforça que estas zonas “convidam a estar aqui”.

 

Nesta fase e já na reta final, decorrem no concelho duas empreitadas: Reordenamento e Qualificação da Frente Lagunar de Estarreja - Cais da Ribeira de Mourão e Esteiro de Veiros (255 mil€) e Qualificação da frente lagunar de Estarreja – Esteiro de Estarreja, Ribeiro de Salreu e Ribeiro de Canelas (490 mil€).

 

A necessitar de obras urgentes, o Esteiro de Estarreja é um dos locais onde mais se faz notar a requalificação. Limpeza do canal, recuperação das margens, reforçando a sua estabilidade, nova vegetação, instalação de equipamento urbano, como caixotes de lixo e bancos, passadiços e uma ponte foram as mudanças essenciais que contribuem para a renovação daquele que foi em tempos o 2º maior porto de sal da Ria de Aveiro. O Esteiro de Estarreja convida a um passeio que se pode prolongar pelos trilhos que acompanham a linha de água ao longo do Percurso das Ribeiras de Veiros. 

 

A cerca de 7 km de distância, a Ribeira de Veiros exibe uma nova cara, fornecendo às populações locais e visitantes mais um espaço merecedor de uma visita. A colocação de um açude permite a permanência de um espelho de água, conferindo ainda mais beleza ao local. Mesmo ao lado, acompanhando o ordenamento do átrio da Capela do Senhor da Ribeira, foi executado um parque infantil.

 

No Ribeiro de Canelas, avançou-se para o arranjo do esteiro velho, nomeadamente a parte dos caminhos, arranjo das margens, ligação dos diferentes espaços existentes e criação de miradouros junto à água. Em Salreu, destaca-se a criação de um sistema de passadiços que entra pelos arrozais, a intervenção paisagística, a introdução de uma zona dedicada a autocaravanas e a recuperação de um edifício adquirido pela Câmara Municipal. Localizado no largo do Esteiro, o velho armazém de sal e junco vai ser transformado num espaço de apoio ao BioRia nesta que é “a verdadeira porta de entrada e mais antiga” do projeto ambiental que ali teve a sua génese, relembrou o vice-presidente Adolfo Vidal.

 

Tal como nos dois casos anteriores, também em Avanca, na Ribeira do Mourão, se avançou para uma segunda intervenção. Garantindo a conservação das margens, saem ainda reforçadas as condições de vivência e usufruto pela população com obras fluviais para proteção de margens, execução de açude, infraestruturas de lazer, implantação de estruturas de madeira, pavimentação, demolições, movimentação de terras, requalificação ambiental e sinalização. 

 

Pardilhó a seguir

 

O reordenamento e valorização da atividade piscatória com a recuperação dos Cais das Teixugueiras, Nacinho, Tabuada e Bulhas são as obras que se seguem. Estando a decorrer o concurso público, prevê-se para breve a adjudicação da obra, conforme adiantou Adolfo Vidal.

 

“A intervenção de fundo na ribeira mais importante do concelho”, a Ribeira da Aldeia, será a última obra do programa Polis no território estarrejense. “A Câmara Municipal deu parecer negativo ao projeto de execução solicitando um conjunto de alterações para evitar problemas relacionados com a amplitude de marés”, explicou o vereador das Obras Públicas e Ambiente, numa posição tomada em consonância com a Junta de Freguesia de Pardilhó e os utilizadores da Ribeira.

 

 

Cada vez mais procurada pelos estarrejenses, a zona ribeirinha do concelho tem sido requalificada ao longo dos últimos anos, procurando-se afirmar estas áreas como zonas de recreio e lazer ao ar livre, contribuindo fortemente para a qualidade de vida da nossa população.