139º Aniversário do Nascimento de Egas Moniz
Egas Moniz constitui uma referência obrigatória quando se fala dos vultos do século XX, bem como da História da Medicina. Nasceu em Avanca em 29 de novembro de 1874
Egas Moniz constitui uma referência obrigatória quando se fala dos vultos do século XX, bem como da História da Medicina, dadas as suas descobertas no domínio da Angiografia Cerebral (1927) e da Leucotomia Pré-Frontal (1935), pela qual foi galardoado com o Prémio Nobel da Medicina em 27 de Outubro de 1949, único em Portugal. Nasceu em Avanca em 29 de novembro de 1874 (ver biografia aqui).
Paralelemente, porque dotado de uma apurada sensibilidade estética e sentido artístico, Egas Moniz rodeou-se ao longo da sua vida das coisas que foram a razão de ser e o ponto de partida para a concretização de um sonho: a Casa Museu Egas Moniz.
Ao percorrer esta Casa, onde as coleções de cerâmica, ourivesaria, vidro, mobiliário, entre outras, são sinónimos de raridade, beleza, antiguidade e minúcia, sente-se a cada momento a presença do sábio, adivinha-se os seus gostos e reconhecemos o quotidiano do homem que nela passava longas temporadas.
Nesta efeméride, relembramos o génio através de algumas das suas frases marcantes.
“A Investigação Científica é a estrela que dirige os passos dos caminheiros nas diversas estradas que a Ciência vai abrindo na rosa das sucessivas divisões do saber humano”.
“A Instrução e o trabalho formam a alavanca com que se remove o mundo”.
“As grandes escolas de Artes Plásticas são os Museus. Quisera um em cada cidade, em cada vila e em cada aldeia para que o povo se elevasse na comunhão espiritual com o Belo”.
“Quem se dedica a problemas da Investigação científica anda alheado do mundo, preso à sua vida… Tudo se reduz a obter novas aquisições científicas a bem da Humanidade sofredora”.
“Os médicos, em contacto constante com o sofrimento, nos seus mais duros aspectos, carecem mesmo como defesa psíquica, de dividir a sua actividade entre o estudo das misérias humanas e o culto da beleza”.
“Dispersei-me nos primeiros tempos pela vida política, com algum ilusório sucesso e muitas contrariedades, mas erradamente pensam os que julgam essa dispersão afastamento intenso dos meus estudos neurológicos. Estes é que dominavam o meu espírito”.
“Os médicos carecem da Arte e os que a sentem acabam por prestar-lhe o culto da sua atenção, dando-lhe nas horas vagas do seu labor profissional, elevando o espírito nas asas irisadas do devaneio e da fantasia”.
“Os Museus por modestos que sejam são centros de educação e regalo espiritual”.
“Não me considero Homem de Letras, embora a ela me entregue nas horas de repouso; foi à ciência médica que dei o máximo do meu esforço e da minha actividade”.
“A ânsia de concorrer para aumentar o património científico desde o início me seduziu”.
“Não se compreende a educação, mesmo rudimentar de um povo, desde que ela ande alheada da Arte. O Belo é a inspiração da Arte, é sempre também a suprema aspiração de um povo culto, nas suas múltiplas manifestações. Basta olhar o passado para o reconhecermos”.
“Sinto-me estrangeiro na minha própria casa”
[Atividade Política]
“No advento desta nova era, todos os temos de ceder no campo económico em benefício do mundo que mais trabalha, isto é, das classes operárias”
“Não somos radicais, porque nem todas as raízes se cortam; as árvores não vivem sem raízes, mas não somos tão pouco conservadores no sentido de retrógrados ou reaccionários, porque não excluimos dos nossos propósitos o espírito de reforma e de evolução”.
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