Serviços municipais apostam na Gestão pela Melhoria

Uma diminuição de 35,2% no consumo de eletricidade nas fontes luminosas, redução de 2,2% na iluminação pública, menos 34% no consumo de águas nas instalações municipais ou descidas nos custos com telecomunicações fixas. Estes são exemplos de valores relativos ao primeiro semestre de 2013, que demonstram o esforço que os serviços da Câmara Municipal têm desenvolvido

terça, 15 de outubro 2013

Uma diminuição de 35,2% no consumo de eletricidade nas fontes luminosas, a redução de 2,2% na iluminação pública, menos 34% no consumo de águas nas instalações municipais (incluindo jardins) ou descidas nos custos com telecomunicações fixas: 18,5% nas instalações municipais e 23,4% nas escolas. Estes são exemplos de valores relativos ao primeiro semestre de 2013, que demonstram o esforço que os serviços da Câmara Municipal têm desenvolvido, quer no sentido de redução dos custos, através da alteração de procedimentos, quer na otimização das receitas municipais, tendo em vista a “Gestão pela Melhoria”.

Em termos gerais, na análise feita ao primeiro semestre deste ano e comparando com o período homólogo de 2012, verificou-se um aumento em 5,11% das receitas e a estabilização das despesas gerais, incluindo iluminação.

Nesse balanço ao primeiro semestre de 2013, na área da receita, destaca-se o Setor de Gestão das Instalações Municipais, com um aumento significativo, decorrente da implementação da tabela de taxas, ou a Biblioteca onde as receitas também cresceram. Também a área dos Resíduos Sólidos Urbanos evolui positivamente, uma vez que os Munícipes que não usufruem das infraestruturas de água da rede pública ou saneamento, contudo produzem lixo, passaram a liquidar, num processo de melhoria contínua. A Casa Museu Egas Moniz já superou o objetivo estabelecido para 2013, depois da sua reabertura em janeiro deste ano.

Essencial gestão cuidada e eficaz

Abílio Silveira realça mais exemplos de desempenho. O Cine Teatro regista uma diminuição de 17,3% nas receitas, explicada com a realização de menos espetáculos, sendo de realçar o aumento de espectadores por espetáculo e uma descida significativa nos custos. O responsável pelo pelouro das Finanças sublinha que “este tipo de equipamentos municipais não pretendem obter lucro. No entanto, a gestão cuidada e eficiente das atividades desenvolvidas é essencial. Apesar da diminuição das receitas em 7.032 €, as despesas diminuem mais de 24.000 €, consubstanciando a rigorosa gestão, pois preocupante seria, as receitas diminuírem e as despesas manterem-se”.

A Câmara aposta numa nova estratégia de envolvimento dos setores no projeto da Gestão pela Melhoria, nomeadamente através da realização de reuniões setoriais, após a apresentação do relatório, com o objetivo de perceber as causas dos desvios relativamente aos objetivos fixados, bem como acompanhar os bons desempenhos obtidos, na tentativa de os estender aos restantes serviços.

Sendo certo que existem “imensos custos fixos” inerentes ao funcionamento dos diversos equipamentos municipais, “temos que arranjar forma de reduzir e conseguir que a Câmara funcione, enraizando princípios de poupança”, afirmou Abílio Silveira na reunião de balanço semestral, acreditando que “há sempre margem para melhoria”.

Em conclusão, o projeto da Gestão pela Melhoria é de todos e para todos, e o contributo de cada um é essencial para introduzir novos aspetos para a melhoria continua.


Procura sistemática pela otimização de processos

A abordagem ao tema da Gestão pela Melhoria, não sendo recente no Município de Estarreja, sofreu forte impulso em março de 2012 com a sua divulgação interna junto dos responsáveis pelos diversos serviços e consubstanciação de um conjunto de medidas que vinham sendo realizadas de forma “avulsa”. Para além da exposição de medidas já em curso, algumas em pleno funcionamento, outras a necessitar de reforço, foi fortemente debatida a necessidade de entranhar mais profundamente na organização, uma cultura de procura sistemática pela otimização de processos e racionalização de recursos inerentes ao desenvolvimento de cada atividade.

Tendo em vista atingir este desiderato, foi constituída uma equipa de acompanhamento que procurasse apurar a evolução da atividade desenvolvida e promovesse a troca de informação com os gestores, posteriormente nomeados, de cada processo/instalação no sentido de assegurar a recolha de informação necessária à prossecução de um modelo de gestão de maior proximidade e, por consequência, mais proactivo e dotado de uma capacidade de resposta mais célere.

A metodologia de trabalho adotada passa pela elaboração de relatórios bimestrais, onde são apresentadas as despesas pagas e as receitas recebidas em cada período apreciado, estabelecendo um termo comparativo entre os bimestres do ano em análise e os bimestres homólogos do ano anterior tendo em vista apresentar a evolução apurada e, por essa via, ajudar a definir as medidas a implementar pela gestão tendo em vista a melhoria contínua.

Não sendo exaustiva, a abordagem procura ser evolutiva e aproveitar a informação já existente como ponto de partida para expandir de forma progressiva e consolidada para os restantes sectores/serviços.