Assembleia Municipal diz não à saída da Cirurgia de Ambulatório
Órgão aprovou uma moção em defesa do Hospital Visconde de Salreu e da manutenção da Cirurgia de Ambulatório, pedindo a intervenção da tutela.
A Assembleia Municipal de Estarreja, reunida em Sessão Extraordinária na última sexta-feira, dia 21 de junho de 2013, aprovou por unanimidade uma moção em defesa do Hospital Visconde de Salreu (HVS) e da manutenção da Cirurgia de Ambulatório, pedindo a intervenção urgente da tutela.
O órgão municipal decidiu requerer ao Ministério da Saúde e à Administração Regional de Saúde do Centro, que suspendam qualquer acto relativo ao encerramento da Cirurgia de Ambulatório do HVS previsto no Plano Estratégico do CHBV - Centro Hospitalar do Baixo Vouga.
A moção, proposta pela coligação PSD-PP e unificada com o PS e CDU, exige a revisão do plano estratégico, tendo a linha de conta as características específicas de cada uma das 3 unidades hospitalares, e que seja imposta à administração do CH a matriz tripolar, em rede, que está na sua criação e justifica a sua razão de ser, garantindo respostas e dinâmicas hospitalares nas 3 unidades.
No documento, é constatado que se pretendia encerrar a unidade de cirurgia de ambulatório de Estarreja no próximo dia 1 de julho, sem conhecimento prévio das entidades públicas (recorde-se que a ERS classificou esta unidade como uma das 4 melhores com pontuação máxima na sua escala de avaliação e recorde-se, ainda, que foi este Conselho de Administração que fez obras no Hospital de Estarreja para adaptar as instalações à Cirurgia de Ambulatório).
Centro Hospitalar admite estudar
O presidente do Conselho de Administração do CHBV, José Afonso, remeteu justificação para não estar presente na sessão extraordinária da AM e expressamente assume que “Nesta área cirúrgica está em estudo quer a atividade cirúrgica, quer a cirurgia de ambulatório nos três polos”. Quanto à matriz tripartida, o CA refere estar “empenhado em construir uma rede de cuidados de saúde segundo o princípio de proximidade sem prejuízo da complexidade dos tratamentos, segurança e conforto dos doentes e profissionais”.
Agora a AM, presidida por Marco Braga, irá acompanhar e trabalhar este plano mais detalhado e, se estas reivindicações não forem acatadas, promete reunir de imediato para tomar novas ações.