Cirurgia de Ambulatório: otimizar no Hospital de Estarreja

Serviço de qualidade atinge o 1º lugar nacional

O presidente do Município de Estarreja contesta a hipótese de transferência da Cirurgia de Ambulatório do Hospital de Estarreja para Águeda.

terça, 23 de abril 2013

O presidente do Município de Estarreja contesta a hipótese de transferência da Cirurgia de Ambulatório do Hospital de Estarreja para Águeda. No seguimento de rumores contraditórios, José Eduardo de Matos solicitou na semana passada reuniões, com carácter de urgência, ao Secretário de Estado da Saúde, ao presidente da ARS-Centro e ao presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE (CHBV), a quem já transmitiu a defesa categórica da Cirurgia de Ambulatório no Hospital de Estarreja. 
 
O autarca sublinha que decisões estratégicas não podem de maneira alguma anteceder o Plano Estratégico do Centro Hospitalar que serve o Município e a Região. Além do mais, o representante máximo do Município deve ser ouvido neste processo de elaboração do documento estratégico. Recorde-se que o CHBV integra os hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja.
 
Uma decisão que penda sobre a transferência daquele serviço para Águeda, só poderá revelar “graves faltas e omissões na sua ponderação”, reage José Eduardo de Matos, lembrando que, em Estarreja, “o serviço com um ano tem corrido muito bem, a satisfação dos utentes é evidente e geral e tem produção capaz”. Assim, o Centro Hospitalar não estaria a “cumprir a sua missão, nem a proximidade, com equilíbrio e valor para o utente!”, critica o presidente da Câmara Municipal de Estarreja.
 
Nesse sentido, a ótica do Utente não pode de maneira alguma ser ignorada e o autarca refere que “Estarreja é mais central do que Águeda, tem melhores acessos, melhor estacionamento e garante proximidade”.
 
Para José Eduardo de Matos é evidente que o CH deve “manter o que está muito bem e tem qualidade e fazer obras em Estarreja para aumentar a capacidade e evoluir para a excelência”, uma vez que Aveiro continua a apresentar uma resposta deficiente e adia sistematicamente cirurgias devido à falta de camas. Nesse sentido, o CH deve preocupar-se mais com as unidades que não estão a oferecer uma resposta de qualidade ao Utente e “mudar o que está mal!”.
 
Os serviços com qualidade que são prestados no Hospital de Estarreja devem ser mantidos ou estará em causa o equilíbrio do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, adverte.
 

AVALIAÇÃO DE QUALIDADE 2012: ESTARREJA NO TOPO NACIONAL
 

A Cirurgia de Ambulatório de Estarreja atingiu o grau de excelência e surge em primeiro lugar na Avaliação Sinas@Hospital, – sistema criado pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) que visa avaliar, de forma objetiva e consistente, a qualidade dos cuidados de saúde em Portugal. Está no topo da tabela classificativa, entre 41 unidades hospitalares avaliadas, com cirurgia de ambulatório, sendo que alguns hospitais não estão nesta lista pois não cumpriram com os requisitos de qualidade.
 
O serviço de cirurgia em Estarreja obteve nota máxima – nível de qualidade 3 – comprovando que o Hospital garante a qualidade e segurança de intervenções cirúrgicas.
 
A Cirurgia de Ambulatório de Estarreja teve pontuação máxima (nível de qualidade 3) em todos os indicadores avaliados: seleção do doente para administração da profilaxia de náuseas e vómitos; Seleção da profilaxia das náuseas e vómitos; Avaliação da dor no pós-operatório; Cedência de medicação analgésica na alta; Ensino na alta; Cedência de contacto telefónico; Avaliação pós-operatório nas 24 horas após a cirurgia.
 
De acordo com os resultados hoje conhecidos, o Hospital de Estarreja atinge o grau de excelência em 4 dos 5 parâmetros principais: Excelência Clínica, Segurança do Doente, Focalização no Utente e Satisfação do Utente. Ou seja, em termos globais, o Hospital de Estarreja cumpre com todos os parâmetros de qualidade exigidos. No parâmetro de Adequação e Conforto das Instalações não foi possível aferir do cumprimento dos parâmetros.
 
No âmbito da Excelência Clínica, o hospital estarrejense é avaliado em 3 áreas de saúde em que presta serviços: Cirurgia de Ambulatório (nível 3), Ginecologia (nível 2) e Ortopedia (nível 1).
 
Com o intuito de ser abrangente, a avaliação SINAS@Hospitais debruça-se sobre diferentes dimensões da qualidade. Tem um conjunto de parâmetros considerados relevantes e diferenciados e abrange vários âmbitos da especialidade, clínica e técnica, desde a área dos cuidados de saúde até à qualidade, higiene e segurança, conducentes à melhor qualidade dos serviços prestados.
 
 
Os resultados estão aqui disponíveis