Sinistralidade diminui nas ruas de Estarreja
Comissão Municipal de Trânsito apresenta balanço anual
A diminuição da sinistralidade em Estarreja é um dos principais dados a reter do balanço anual de 2012 apresentado pela Comissão Municipal de Trânsito (CMT) em conferência de imprensa. A aposta do Município na requalificação da rede viária e na segurança rodoviária é o principal factor apontado que terá contribuído para os níveis alcançados, afirmou o presidente da CMT e vereador do Trânsito da Câmara Municipal, Diamantino Sabina.
De acordo com os Indicadores da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (dados da sinistralidade rodoviária no concelho disponíveis até 2011), em 2011 registaram-se um total de 114 acidentes com vítimas. Em 2002, foram 163 os acidentes.
“A evolução positiva espelha o que tem sido a nossa política no que toca à segurança rodoviária ao longo dos anos. Pese a conjuntura económica desfavorável, o investimento camarário tem vindo a subir”, analisa Diamantino Sabina, sendo por isso necessário ter em consideração “os avultados investimentos da Câmara Municipal na rede viária concelhia. Hoje o concelho de Estarreja está muito bem servido de vias e com um muito bom estado de conservação”.
Tendo em conta que a rede viária municipal representa 86% das estradas concelhias, é ainda de salientar que nas ruas da responsabilidade do município ocorreram “50% dos acidentes”, informou Diamantino Sabina. Ou seja, no universo dos 114 sinistros registados uma grande parte “ocorre nas estradas nacionais, da jurisdição da Estradas de Portugal, e nas autoestradas, da responsabilidade dos concessionários”.
Em 2010, dos 136 acidentes com vítimas, apenas 76 foram em jurisdição municipal, o que corresponde a 55,9%, e em 2011 houve uma diminuição para 61 acidentes ocorridos em estradas de jurisdição municipal, correspondendo a 53,5% do total de sinistros.
500 situações analisadas desde 2005
No período de novembro de 2005 a 31 dezembro de 2012, verificaram-se 500 Situações de Trânsito (ST), das quais foram resolvidas 416 (83,2 %), registando-se assim uma melhoria da taxa de resolução. Relativamente à evolução do número de ST entradas por ano, verifica-se uma diminuição relativamente ao ano transato, sendo que o valor médio dos últimos 5 anos se situa na ordem das 78 ST entradas para análise, o que equivale a 6-7 novas ST em análise por mês.
Em 2012 ficou concluído o cadastro de sinalização vertical e de passadeiras na totalidade do município, sublinhando-se para o primeiro caso a publicação no Portal SIG da Câmara de Estarreja. A CMT apreciou favoravelmente o projeto para a construção de um novo parque de estacionamento na Rua Luís de Camões, assim como 13 estudos urbanísticos e de reorganização do espaço público, elaborados pelos serviços municipais.
Das prioridades para resolução apontadas em 2012 destaca-se o desenho de novos espaços para ordenamento do estacionamento na área do Edifício Mirantuã, no arruamento a norte e junto ao portão sul do Mercado Municipal e no espaço em frente ao restaurante “Caracas”, Beduído; a implementação do projeto integrado da Rua Vale do Antuã, Salreu, resultando na solução de redução de velocidade automóvel e assegurada a circulação pedonal; bem como a resolução de situações diversas como a relocalização de paragem de autocarros escolares junto à Escola de Santo Amaro.
Prioridades para 2013
Para 2013, a CMT mantém o forte compromisso com a segurança rodoviária tendo como prioridades a resolução do problema de estacionamento na envolvente da Escola Secundária de Estarreja; a construção de plataformas urbanas, promovendo a acessibilidade e mobilidade para todos; a definição sobre o projeto para a circulação e estacionamento na Praça Francisco Barbosa e Rua Dr. Souto Alves; a requalificação da EN109 e Rua Agostinho Leite, no centro da cidade; ou a construção da Circular/Variante Poente da Cidade que resolveria vários problemas de mobilidade e segurança viária, designadamente a circulação de trânsito a pesados no espaço urbano.
Em 2013 a CMT pretende ainda elaborar as Posturas de Trânsito de Pardilhó e Salreu, as duas únicas freguesias onde ainda não foram implementadas.