Câmara cede instalações ao ORI-Estarreja
“Esta é a primeira vez ao fim de 20 anos que teremos sede própria”
A antiga cantina escolar dará lugar à nova sede do Clube de Orientação de Estarreja. Assinado pelo presidente da Câmara Municipal, José Eduardo de Matos, e pelo presidente do Ori-Estarreja, o protocolo define as regras de cedência e utilização das instalações do Antigo Colégio (ex-Escola Padre Donaciano Abreu Freire).
A Câmara Municipal formalizou o protocolo de cedência de instalações da antiga cantina. Segundo José Eduardo de Matos trata-se de “mais um importante sinal de apoio ao associativismo e em particular ao Ori pelos seus 20 anos de serviço desportivo público”. O presidente do Município reconhece o papel relevante do associativismo, como fator de promoção humana social, com capacidade mobilizadora e objetivos que privilegiam o acesso dos jovens à formação cultural, desportiva e social.
“Esta é a primeira vez ao fim de 20 anos que teremos sede própria”, afirma com satisfação o presidente do Ori, Nuno Leite, sublinhando este passo “de elevada importância” para a vida do clube que “há mais de 10 anos utiliza um apartamento cedido graciosamente pelo nosso sócio/atleta Gil Rua”.
“Tem sido preocupação do Município de Estarreja encontrar soluções e espaços físicos para o bom funcionamento das associações”, enquadra o vereador do Desporto Abílio Silveira, atendendo que “a existência de instalações adequadas tem efeito mobilizador, para uma participação mais ativa e ao mesmo tempo, para uma melhor dinamização da prática desportiva”.
O novo espaço permitirá “uma melhor organização interna que, esperamos, renove a dinâmica das nossas ações, simplificando a sua preparação, que em regime de voluntariado faz toda a diferença”, refere Nuno Leite, possibilitando ainda a concretização de um “desejo antigo”: a criação de uma sala de aula destinada “a ministrar ações de formação/treino de forma autónoma”. Por outro lado, o clube terá condições para “uma correta e adequada exposição de todos os nossos prémios”.
ORI recuperará as instalações
O clube espera efetuar a mudança para a nova sede ainda este ano. Contudo, o edifício “terá de sofrer diversas intervenções, algumas dispendiosas em tempo de crise e cortes, o que não vai facilitar o processo. Procuramos apoios”, anuncia o dirigente.
O ORI – Estarreja, Clube de Orientação, é um dos três maiores clubes da modalidade, filiados na Federação Portuguesa de Orientação. É reconhecido como uma escola de excelência da prática desportiva juvenil e, por isso, foi distinguido no ano de 2004 com o troféu Reconhecer o Mérito, do Instituto do Desporto, e distinguido pela Federação Portuguesa de Orientação, com o troféu Clube Exemplo, destinado a premiar os seus filiados que, no relacionamento com a Federação, são exemplos de rigor e oportunidade.
De um universo de 250 associados, sobressai um núcleo de 50 a 60 atletas regulares. Em termos desportivos, em 2012 o Clube de Estarreja regressou ao pódio por Clubes, numa luta acesa até final do ranking pelo 3º lugar com o rival Grupo Desportivo 4 Caminhos (Matosinhos). Os objetivos para este ano passam por “consolidar a presença no pódio”, determina Nuno Leite.
O clube estarrejense é um organizador assíduo de eventos de orientação, nacionais e internacionais, envolvendo jovens, permitindo-lhes aprender a trabalhar em grupo e a assumir responsabilidades, com evidentes benefícios na sua formação humana e cívica.
Em 2013, o Ori irá organizar o Campeonato Nacional de Distância Média e de Estafetas a realizar a 25 e 26 de Maio nas Matas Nacionais de Mira. “O paradigma da Orientação em Portugal mudou e o tipo de floresta que temos no concelho não preenche os requisitos técnicos que os eventos de grande nível exigem. Isso a par com o desaparecimento das florestas (seja por novas autoestradas ou crescimento de parques industriais) dificulta a organização de eventos de Orientação Pedestre em Estarreja”, lamenta Nuno Leite que está apostado em encontrar alternativas. “Outros desportos de Natureza podem passar por Estarreja pela nossa mão. Temos em estudo algumas possibilidades”, anuncia sem revelar para já o que está na forja.
O prazo do contrato de comodato terá um prazo inicial de 10 anos e seguidamente será sempre de cinco anos, considerando-se prorrogado por sucessivos e iguais períodos de tempo.
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