Bateira Erveira navega nas águas do Esteiro de Canelas
O presidente do município, José Eduardo de Matos, referiu que “hoje a Erveira é futuro, é vida, é dinâmica e mais-valia. Só com paixão foi possível reunir o mestre construtor, os autarcas de Canelas, o BioRia e todos os que se interessaram pelo renascimento da Erveira”, concretizando ainda mais uma ideia que tem norteado a ação municipal: “Virar Estarreja para a Ria”, afirmou durante a sessão do bota-abaixo da embarcação no último sábado à tarde, com a presença de muitos populares e benzida pelo Pároco local.
Por sua vez, o presidente da Junta de Freguesia de Canelas manifestou a sua satisfação pelo momento acrescentando que os três anos de trabalho a partir da primeira hora em que foi lançada a ideia, valeram a pena, até como oportunidade de aprendizagem. A iniciativa revitaliza uma embarcação já extinta, que em tempos era exclusiva do sul do concelho de Estarreja.
“Para muitos canelenses cumpre-se o sonho de ver novamente a Bateira Erveira de Canelas navegar nas águas do nosso esteiro”, dizia o autarca Miguel Valente, presidente da Assembleia de Freguesia de Canelas. O BioRia e o projeto Estação-Viva fizeram reemergir a embarcação típica do Baixo Vouga Lagunar, nomeadamente da freguesia de Canelas e originária do concelho.
Na sessão surgiram as palavras de apreço e reconhecimento ao mestre Manuel Pires que “desde a primeira hora aceitou o desafio de ressuscitar a Bateira Erveira de Canelas. Não sendo barqueiro de profissão, aceitou recorrer ao conhecimento do passado e às memórias de seu pai, mestre Arnaldo Barqueiro, e fez ressurgir esta peculiar embarcação só característica dos campos do Baixo Vouga”, sublinhou Miguel Valente.
Futuramente, o BioRia pretende utilizar a bateira para a realização de visitas ao “coração” do bocage, que de outra forma não seriam possíveis. O coordenador do BioRia, Norberto Monteiro, explicou e mostrou o caminho percorrido e as conquistas sucessivas, muito reconhecidas – até como um dos 12 melhores lugares do mundo para conhecer – nomeadamente agora com as visitas por água às valas características da freguesia.
Financiada pela Câmara Municipal de Estarreja e pelo PACOPAR - Painel Consultivo Comunitário do Programa Atuação Responsável, envolvendo um valor global de 3380€, a construção da bateira concretizou-se no âmbito do projeto Estação-Viva, instalado no antigo edifício do Apeadeiro de Canelas.
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