Tertúlia “Gentes da nossa terra…” sobre Jaime Ferreira da Silva

21 Setembro, Biblioteca Municipal de Estarreja, 21h30

terça, 11 de setembro 2012

Assinalando o cinquentenário da morte do antigo presidente da Câmara Municipal de Estarreja, a Biblioteca Municipal dedica a Tertúlia “Gentes da nossa Terra” a Jaime Ferreira da Silva, no dia 21 de setembro, às 21h30.

O médico Jaime Ferreira da Silva (1916-1962) esteve à frente dos destinos da Câmara Municipal de Estarreja durante 12 anos e ocupou o cargo de governador civil do distrito de Aveiro. Durante quase 20 anos foi diretor do jornal “O Concelho de Estarreja”. A vida e obra do pardilhoense serão relembradas este mês pela Biblioteca Municipal.


Presidente da Câmara e Governador Civil

Jaime Ferreira da Silva foi nomeado presidente da Câmara Municipal de Estarreja, entre 1946 e 1958. Durante os seus mandatos, entre outros acontecimentos políticos de relevo, presidiu à homenagem que a Câmara Municipal prestou ao Prémio Nobel de Medicina conquistado em 1949 pelo investigador Egas Moniz, naquele que foi o primeiro Nobel português.

O pardilhoense exerceu as funções de Governador Civil de Aveiro desde 1959 até ao seu trágico falecimento, com apenas 46 anos, a salvar um filho e um amigo na ria, em 1962.

Iniciou a direção do jornal “O Concelho de Estarreja” em 1944, cargo que exerceu até à data do seu falecimento há exatamente 50 anos, em 8 de setembro.
 

O percurso do médico

Nascido em 29 de abril de 1916, em Pardilhó, Jaime Ferreira da Silva ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em 1934. Com o início da II Grande Guerra Mundial, e no cumprimento do serviço militar, foi mobilizado para os Açores, tendo lá permanecido até próximo do final da guerra.

Começa a exercer Medicina, tendo feito uma especialização em doenças pulmonares e trabalhou no dispensário contra a tuberculose (que tinha sido fundado em 1941, em Estarreja) e no Hospital Visconde de Salreu. Abriu, igualmente, um consultório médico em Pardilhó, que manteve aberto até à data do seu precoce desaparecimento.
 

Memória perpetuada em Pardilhó

O alto cargo que exercia e as circunstâncias do seu afogamento, motivaram grande pesar e, em sua homenagem, foi erigido um busto no Largo Dr. Egas Moniz, no centro da sua terra natal, de autoria de Joaquim Meireles, e um simbólico mausoléu evocativo no cemitério da freguesia, oferta das Câmaras Municipais do Distrito de Aveiro, em 1964.