Agricultores entregam Carta Aberta em Estarreja

Dezenas de tratores de agricultores irromperam pela Praça Francisco Barbosa na manhã de ontem, quarta-feira, lembrando as difíceis condições de vida no mundo rural, apesar da persistente dedicação. A marcha lenta saiu de Ovar com destino a Estarreja. À chegada, pediram a intercessão do Presidente da Autarquia, José Eduardo de Matos, junto do Governo face ao aumento constante nos custos inerentes aos fatores de produção e à queda de cêntimo e meio no valor do leite.

quinta, 12 de julho 2012

Dezenas de tratores de agricultores irromperam pela Praça Francisco Barbosa na manhã de ontem, quarta-feira, lembrando as difíceis condições de vida no mundo rural, apesar da persistente dedicação. A marcha lenta saiu de Ovar com destino a Estarreja. À chegada, pediram a intercessão do Presidente da Autarquia, José Eduardo de Matos, junto do Governo face ao aumento constante nos custos inerentes aos fatores de produção e à queda de cêntimo e meio no valor do leite.
 
O Presidente da Câmara Municipal de Estarreja mostrou-se solidário com a causa e sublinhou a necessidade de equilíbrio entre a produção e a comercialização. Reforçou que com a crise se acha a agricultura mais importante, mas é essencial que o Governo passe das palavras aos actos e crie mais condições e regulação.  No meio de incentivos à continuidade da labuta e da incansável dedicação, como no Projeto do Baixo Vouga, José Eduardo de Matos aceitou das mãos dos manifestantes uma Carta Aberta que prometeu enviar às entidades responsáveis, como já fez  no passado. Concluiu que o tempo dará razão aos agricultores, como se agora se vê nalguns aspetos, quer  em Portugal, quer na Comunidade Europeia.
 
Para o Presidente da  ALDA (Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro),  Albino Silva, o principal objetivo desta ação foi alertar as entidades competentes e os órgãos de soberania para os problemas dos agricultores de leite e carne, mostrando as dificuldades de subsistência no mundo rural, onde o preço dos combustíveis, das farinhas e da eletricidade continua a aumentar, enquanto o preço do leite caiu para valores inferiores aos praticados há 20 anos. Para o líder da associação, as prioridades do Governo deveriam ser "a atualização do subsídio ao gasóleo agrícola, a reposição do subsídio à eletricidade verde, o controlo e regulamentação dos preços e o aumento do preço a pagar aos produtores pelo leite e pela carne, como incentivo à manutenção da atividade". Continua dizendo "o subsidio de gasóleo não é atualizado há mais de 30 anos, é necessária a eletricidade verde e o aumento dos preços à produção, tudo isto é essencial para resistir a esta situação de crise profunda no sector, é dramático, esta Ministra manteve as mesmas políticas do passado, a juventude não investe em novas explorações, não temos apoios"