Câmara poupou 50% em horas extraordinárias
Nos últimos 3 anos, a Câmara Municipal de Estarreja reduziu para metade as despesas com horas extraordinárias com o pessoal. No final de 2011 e estabelecendo a comparação com valores de 2009, a autarquia conseguiu diminuir estes custos em 51%.
Em termos absolutos, em 2009, a totalidade de gastos em horas extraordinárias ultrapassou os 90 mil € (92.126,66 €). No final de 2010, já se manifestava a tendência de diminuição ao registar-se uma descida de 10%, para os 83.570,98 €. O balanço a 2011 evidencia uma descida abrupta de 51% cujo montante despendido se situa nos 45.070,29 €.
Em 2012, a Câmara Municipal prossegue esse esforço contínuo com o objetivo de poupar em horas extra tendo já diminuído, nos primeiros dois meses deste ano, 58% do valor gasto, relativamente ao período homólogo do ano anterior.
A saída de 20 trabalhadores da Câmara para AdRa – Águas da Região de Aveiro, e consequente extinção da Divisão de Águas, contribuiu para a diminuição de horas em 2010.
Entre 2010 e 2011, procedeu-se a uma análise interna tendo em vista a otimização dos recursos humanos, com vista à redução das horas extraordinárias, explica a vereadora dos Recursos Humanos, Rosa Simão. Num trabalho conjunto, que abrangeu o Setor de Recursos Humanos e as chefias de Departamento e Divisões, “passou-se a monitorizar mensalmente o número de horas, tendo como princípio a utilização das horas extraordinárias para casos em que não se consiga um planeamento atempado”, assegurando-se de qualquer forma respostas adequadas e eficazes.
Esse exame aos serviços que implicou várias reuniões de trabalho onde se “verificou caso a caso”, resultou na alteração de horários de trabalho conducentes de igual forma à diminuição de horas extraordinárias.
Um dos exemplos positivos referidos por Rosa Simão é o “decréscimo drástico das horas dos motoristas dos autocarros”, conseguido através da programação de novos horários, de um sistema de rotatividade e da eliminação de serviços, conseguindo-se também nesta área “uma enorme poupança”.
A avaliação é constante. A responsável acrescenta que “o trabalho não termina por aqui. Temos que continuar mensalmente e verificar as horas e a analisar determinados serviços que já não podemos ter ou fazer. A autarquia tem que ser dinâmica e acompanhar o que nos é exigido. E com bom senso conseguir fazer mais com menos”.