Casa Museu Egas Moniz: Requalificação paisagística da Quinta do Marinheiro
A Quinta do Marinheiro, onde se insere a Casa Museu Egas Moniz, na Vila de Avanca, está a ser alvo de uma requalificação paisagística. Os serviços municipais procederam à plantação de 20 árvores e à recuperação da margem do Rio Gonde.
Depois da plantação de 10 azevinhos, em Novembro, no Dia da Floresta Autóctone, com a presença de mais de uma centena de alunos do pré-escolar, 1º ciclo e Cerciesta, a Câmara Municipal cultivou mais 6 freixos, 5 bétulas, 5 amoreiras e 4 carvalhos, dotando a Quinta de elementos naturais e autóctones que a tornarão mais atrativa e valorizando este espaço natural que enquadra a Casa Museu do único Prémio Nobel da Medicina português.
Ligação ao BioRia
A presença do projeto BioRia é outra das novidades em curso. O Percurso de Avanca (3km) tem início na Quinta do Marinheiro, onde foram instalados dois alpendres e seis conjuntos de mesas com bancos nas margens do Rio Gonde, permitindo assim aos visitantes usufruir deste parque de merendas, com capacidade para albergar grupos com cerca de 50 elementos, interligando o património cultural e natural do concelho. Foram também instalados bancos, papeleiras e suportes de painéis informativos. Os visitantes podem assim percorrer este percurso que termina na Ribeira do Mourão, Avanca, fazendo a ligação ao percurso das Ribeiras de Pardilhó.
A requalificação paisagística da Quinta do Marinheiro vai ter o seu auge no ano de 2012 com a renovação do património arbóreo-arbustivo, onde vai ser utilizada vegetação autóctone. A reestruturação do jardim principal, a recuperação do pomar, a orla de autóctones, a galeria ripícola, a clareira de merendas e os diversos jardins temáticos são as principais áreas de intervenção que vão permitir uma valorização paisagística, ambiental e social do espaço, obrigando ao abate de algumas árvores que apresentam problemas fitossanitários.
Estas ações inserem-se no Plano de Valorização do Património Arquitetónico e Paisagístico da Quinta do Marinheiro.
“Havia uma ambição na nossa vida de garotos: o rio! Passava ao fundo da pequena quinta um riacho tentador. Estávamos proibidos de ir sós para lá. O ribeiro tinha uns lugares mais fundos e meus pais receavam qualquer desastre. Mas era uma tentação irresistível! Logo pela manhã, da janela do nosso quarto, víamos os salgueiros e amieiros, que bordavam as margens, a chamarem-nos em movimentos rumorejantes.”
Egas Moniz, “A Nossa Casa”