Comissão de Defesa da Floresta quer reduzir área ardida

terça, 28 de junho 2011

Em 2010 registaram-se 128 ocorrências e 15,55 hectares de área ardida da floresta concelhia, números que a Comissão Municipal de Defesa da Floresta quer ver reduzidos. O Plano Operacional Municipal (POM) foi apresentado em reunião do grupo de trabalho e tem como grande objectivo a diminuição das ocorrências e da área ardida.

Liderada pelo Vereador da Protecção Civil da Câmara Municipal, Diamantino Sabina, a Comissão reuniu, no Edifício Paços do Concelho, com vista à constituição do grupo de trabalho e à apresentação e aprovação do POM.

A missão da Comissão é coordenar a nível local as acções de Defesa da Floresta Contra Incêndios e promover a sua execução. A fase ‘Charlie’, que coincide com o período crítico de fogos florestais, terá início a 1 de Julho e termina a 30 de Setembro.

Apesar de a constituição obrigar à presença de apenas um Presidente de Junta de Freguesia em representação de todas as freguesias, este ano a Comissão entendeu alargar a constituição a todos os Presidentes de Junta. “Entendemos que haveriam claras vantagens em alargar esta Comissão a todos os outros porquanto a realidade florestal é consideravelmente diferente em todas as freguesias do concelho”, explica Diamantino Sabina.

Esta abrangência resultará “numa participação mais activa dos Presidentes de Junta na denúncia de irregularidades e situações geradoras de perigo, como é a actividade dos madeireiros, que muitas vezes deixam esquecidos os sobrantes florestais. A intenção da Câmara Municipal é cair com mão pesada sob os prevaricadores”, avisa o responsável máximo.

O POM define a estratégia de actuação ao nível da prevenção, 1ª intervenção, combate, rescaldo e vigilância pós rescaldo no que refere a incêndios florestais no concelho. O documento aprovado pela Comissão Municipal foi enviado à Autoridade Florestal Nacional para compilação de dados a nível distrital.

Câmara quer mais jovens voluntários a vigiar a floresta

No âmbito de uma candidatura ao Programa de Voluntariado Jovem para as Florestas, do IPJ – Instituto Português da Juventude, e a exemplo de anos anteriores, a Câmara Municipal aposta na vigilância das florestas por jovens voluntários. O Vereador adianta que “a candidatura prevê o voluntariado para os 3 meses da fase ‘Charlie’, esperando-se a participação de mais de 70 jovens”.

Conforme avançado no ano anterior, “a nossa intenção é alargar o programa de Voluntariado Jovem para as florestas por toda a fase “Charlie”, ou seja de Julho a Setembro, época de alta incidência de fogos florestais”. Um objectivo que pode encarar algumas contrariedades “tanto por falta de disponibilidade de jovens para toda a época, como por não serem aceites os termos gerais da nossa candidatura ao IPJ, que subsidia o programa”, afirma Diamantino Sabina, esperando que a importância desta iniciativa fale mais alto.

A Comissão é constituída pelas seguintes entidades:
- Câmara Municipal de Estarreja
- Juntas de Freguesia
- GNR
- Bombeiros Voluntários de Estarreja
- Exercito (RE3)
- Associação Florestal do Baixo Vouga
- Cooperativa Agrícola de Estarreja
- Autoridade Florestal Nacional
- ICNB