“Hospital é um dado incontornável e irreversível”
A garantia foi deixada pelo Secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar, que esteve em Estarreja para participar na reunião do Conselho da Comunidade do ACeS do Baixo Vouga III (Agrupamento dos Centros de Saúde), que decorreu no Centro de Saúde.
“O Hospital de Estarreja é um dado incontornável e irreversível”, assegurou ao falar sobre o dossier específico do novo Hospital. Óscar Gaspar adiantou que haverão, muito em breve, “novos avanços no processo”. Estão reunidas condições para o lançamento do projecto pelo que “nas próximas semanas teremos novidades”, avançou em declarações antes da reunião.
O presidente da Câmara Municipal de Estarreja, José Eduardo de Matos, referia que o “nosso caderno de necessidades mantém-se”. O autarca tem colaborado na preparação do lançamento do projecto do Hospital e referiu outras questões que devem ser resolvidas como a definição de uma renda para um espaço condigno para a Extensão de Saúde de Veiros, a falta de médicos em Canelas ou a ambulância SIV, havendo a indicação que será a próxima na ARS Centro.
A reorganização dos cuidados de saúde primários levou à criação do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga III, integrando Ovar, Estarreja e Murtosa, tendo sido José Eduardo de Matos nomeado o primeiro Presidente deste novo órgão consultivo.
“Temos vindo a fazer um trabalho regular, com os restantes parceiros, com os municípios e representantes de todas as áreas”, analisa o autarca que classifica este diálogo de “novo e interessante”, sendo uma “janela de oportunidade para cruzarmos responsabilidades numa área tão importante como esta” e propiciando novas formas de articulação.
Assuntos como um novo Centro de Saúde para a Murtosa ou obras na Extensão de Saúde de Maceda, Ovar, também foram tratados. Os Conselhos da Comunidade, presididos por um representante de uma das autarquias da área geográfica do ACES, são um dos novos organismos introduzidos pela reforma dos cuidados de saúde primários.
Assinalando a institucionalização da generalidade dos Conselhos da Comunidade, no âmbito da reforma em curso, os membros do Governo da área da saúde participaram em reuniões, em todas as regiões do país.
O Secretário de Estado afirmou que “esta figura dos conselhos da comunidade é para nós muito importante, porque é a participação da sociedade civil, autarquias, ipss, escolas e uma série de outras forças”. O Ministério da Saúde quer “sentir o pulsar da comunidade, para ouvir e também para articularmos a actuação do ministério”. No fundo, “queremos ser uma realidade bem viva juntos das populações e para isso temos que dialogar com elas”, explicou Óscar Gaspar.
Para além dos órgãos médicos executivos, a lei criou o Conselho da Comunidade, abrangendo representantes da área dos 3 Municípios (das autarquias, saúde, social, educação e trabalho). Na ordem de trabalhos, está a discussão de questões pendentes na área abrangida pelos três municípios.