Mais de mil alunos assistem à peça "Deixemos o Sexo em Paz"

Companhia Maria Paulos apresenta um espectáculo de grande qualidade e de enorme interesse pedagógico

terça, 12 de outubro 2010

Esta terça-feira no Cine-Teatro de Estarreja é apresentada a peça “Deixemos o Sexo em Paz”, de Dario Fo (Nobel da Literatura) e Franca Rame, pela Companhia Profissional de Teatro Maria Paulos, destinada ao público escolar.

Promovido pelo Sector da Educação da Câmara Municipal de Estarreja, em parceria com os Agrupamentos de Escolas de Avanca, Estarreja e Pardilhó e Escola Secundária de Estarreja, este espectáculo destina-se aos alunos do 9º ano e do ensino secundário. Em duas sessões (10h30 e 15h30), a peça será vista por mais de 1000 alunos.

A digressão nacional desta peça dura há já quatro anos. É um espectáculo em tom de comédia, profundamente didáctico, que tem alcançado imenso êxito junto do público em geral e estudantil. É um divertidíssimo monólogo onde, a brincar, se trata muito a sério dos assuntos do sexo que ainda são tabu. A peça é representada pela actriz Maria Paulos, que interpreta 21 personagens diferentes.

 

SINOPSE

Uma conferencista dirige-se ao público, numa pequena intervenção em que frequentemente interage com este, para falar, partindo de pequenos factos do dia-a-dia, de temas tão candentes e pertinentes como: “Os pais e o sexo”, “A minha primeira experiência sexual”, “O aborto”, “A menstruação”, “A virgindade”, “A minha relação com o outro sexo”, “Lição de orgasmo”, “Os homens que fantasmas”, “Toda a verdade sobre os homens”, “A impotência”, “Os rapazes e as suas inseguranças”, etc.

“Deixemos o Sexo em Paz”, além de ser um belo exercício teatral, trata, de uma forma divertida e risonha, um tema geralmente solenizado, chamando a atenção para a importância que tem uma sexualidade bem vivida, por gente bem informada sobre os riscos hoje existentes e também para uma atitude de liberdade que não exclua nunca, a responsabilidade nem o prévio esclarecimento, cuja falta é responsável por tantas vidas destroçadas.

Partindo do princípio que a ignorância não aproveita a ninguém, esta é ainda uma obra de um teatro de qualidade e simultaneamente comercial, porque dirigido a um vasto público, usando um tom de comédia e riso para abordar problemas reais, desmontando o ridículo e a pomposidade de tantas situações, resultantes sobretudo, do desconforto e da incomodidade de como a maior parte dos adultos trata e vê o sexo.

Responsável ainda, pela sua incapacidade de dar resposta à curiosidade dos adolescentes, que iniciam cada vez mais cedo e muitas vezes de uma forma errada, “às escuras” a sua vida sexual.