Incêndio na Empresa Flexaco - Esclarecimento
O Serviço Municipal de Protecção Civil, perante algumas imprecisões e dúvidas suscitadas nas notícias vindas a público, sobre o incêndio que deflagrou na Flexaco, no dia 12, misturadas com oportunismo partidário – que mais se lamenta face a uma situação que atingiu empresários e trabalhadores de uma Empresa, com quem nos solidarizamos – envia algumas notas explicativas e esclarecedoras.
O Vereador da Protecção Civil da Câmara Municipal de Estarreja, Alexandre Fonseca
1. A EMPRESA FLEXACO NÃO ESTÁ INSTALADA NO ECO-PARQUE EMPRESARIAL DE ESTARREJA (tal como as contíguas Dow ou Sinuta, que não integram o Plano de Pormenor definido em 1997, nem a empreitada iniciada em 2002);
- Está num lote autónomo vendido pela Câmara em 1998 à “Nomo – Importação e Exportação, Lda”, com sede em Oliveira de Frades;
- Tratou-se de um loteamento municipal de 4 parcelas para fins industriais, com água da rede pública, sem saneamento nem rede de incêndios;
- Estes lotes foram vendidos sem obrigação de construção de fábrica ou armazém: quem comprou deixou ficar 5 anos a valorizar e a especular (o que hoje não acontece, pois há prazo para construir).
2. A FLEXACO AVANÇA COM PROJECTO EM 2003, O QUAL APRESENTA AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:
. Tipo II, actividade industrial, cabendo ao Ministério da Economia o Licenciamento Industrial concedido:
- Incluiu um projecto específico de detecção e de extinção de incêndios, com bocas de incêndio internas ao seu perímetro e extintores;
- Após vistoria foi aprovado pelo SNB – Serviço Nacional de Bombeiros;
- Abastecido de água pela rede pública (água potável), com pressão até 2,5 kg/cm2 (a rede municipal tem cerca de 3kg/cm2);
- Com circuito interno independente da exclusiva responsabilidade da empresa:
1. c/ contador específico
2. c/ rede interna.
3. FOI A BOCA-DE-INCÊNDIO INTERNA DA EMPRESA que os Bombeiros tentaram usar que, como não tinha pressão suficiente, obrigou a socorrer das reservas de água da Dow.
. A DOW tem motores para pressurização da sua rede interna de combate a incêndios (assim como, por exemplo, o Cine-Teatro);
. A utilização ou a questão da pressão da água na rede de incêndios do Eco-Parque não foi sequer colocada para utilização pelos Bombeiros;
. Não foi instaurado qualquer inquérito pela Câmara Municipal (o que aliás só o Diário de Notícias refere), que naturalmente procedeu e procede ao acompanhamento e avaliação com todos os intervenientes da situação global no âmbito da Protecção Civil.
4. NO ECO-PARQUE:
. Existe rede de incêndios (de água bruta), para além da rede de água potável. Na proximidade existe um marco público abastecido pela água bruta do Eco-Parque em que a pressão é superior a 3,5 kg/cm2;
. Existe uma captação, no próprio parque, para reforço da capacidade da rede de água bruta, com capacidade de extracção para 30 m3/hora em situação de emergência;
. Como previsto no Orçamento de 2009, vai avançar em Junho a ligação à captação no Rio Antuã, a qual se destina a reforço futuro do Eco-Parque para as previsíveis necessidades de novas empresas que se venham a instalar.