Pólo de Competitividade e Tecnologia com sede em Estarreja

Nova Associação das Indústrias Petroquímicas

terça, 27 de janeiro 2009

Em Assembleia-Geral, que decorreu em Estarreja, foram eleitos os primeiros órgãos sociais da nova Associação das Indústrias da Petroquímica, Química e Refinação – AIPQR. A Direcção é presidida por João de Mello, presidente da CUF – Químicos Industriais,  integrando igualmente os responsáveis máximos das empresas associadas e sedeadas em Estarreja: Dow Portugal,  Cires e  Arlíquido.

O Secretário de Estado Adjunto, da Indústria e Inovação, António Castro Guerra, presidiu à sessão de apresentação, acompanhado do Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, José Eduardo de Matos.

O Município aderiu ao projecto dada a importância que a dinamização do Pólo de Competitividade e Tecnologia terá para o futuro do concelho, a necessidade de que seja dado um enfoque particular ao desenvolvimento económico e ambientalmente sustentado de Estarreja e tendo em conta a boa experiência de colaboração entre o poder autárquico e o tecido empresarial, traduzido, nomeadamente, no PACOPAR.

O projecto de criação do Pólo de Competitividade e Tecnologia das Indústrias da Refinação Petroquímica e Química Industrial enquadra-se na estratégia do Governo de dinamização de indústrias chave para a economia portuguesa através de parcerias integradas por empresas e instituições de suporte relevantes e que partilham uma visão estratégica baseada em actividades inovadoras, orientadas para o desenvolvimento de projectos de elevada intensidade tecnológica e com forte orientação e visibilidade internacional.

As indústrias de refinação, petroquímica e química industrial desenvolvem-se maioritariamente em dois pólos geográficos: Sines e  Estarreja- Matosinhos. A nova associação terá sede em Estarreja e um pólo em Sines. Visa desenvolver actividades comuns para melhorar a competitividade, envolvendo as empresas do sector de todo o país.

Esta organização das empresas em rede facilitará o acesso a fundos comunitários e servirá de plataforma para a realização de investimentos partilhados em tecnologia e inovação.

O desenvolvimento do Pólo será suportado em 6 clusters principais (benzeno – MDI – Poliuretanos; Paraxileno – PTA/PET; Etileno – PVC/Polietileno; Propileno – polipropileno/polióis; Refinação; Química industrial).

A criação de infra-estruturas chave que permitam minimizar o efeito a distância física entre empresas é um dos oito vectores principais. Na lista constam: a produção de produtos em que país não é auto-suficiente, substituindo-se as importações; aumento das capacidades de produção; constituição de centros de I&D, de qualidade mundial; desenvolvimento de programas e bolsas de investigação atraindo profissionais altamente qualificadas; maximização dos programas de desenvolvimento ambiental sustentável; aprofundar o envolvimento com as comunidades locais; e captação de empresas líderes mundiais.

Para além da eleição dos Órgãos Sociais, a assembleia decidiu constituir o Conselho Indústria e Universidade e aprovar o Plano de Actividades e Orçamento para o primeiro ano.

Actualmente, o sector petroquímico, químico e da refinação emprega cerca de 25 mil pessoas e é responsável por 8 por cento das exportações nacionais.


Entidades associadas

Empresas: Galp Energia, ARLÍQUIDO, CUF – Químicos Industriais, DOW Portugal, CIRES – Companhia Industrial de Resinas Sintéticas, Euroresinas Industriais Químicas, Microprocessador – Sistemas Digitais

Associados Aderentes: Municípios de Estarreja e Sines, Portos do Douro e Leixões, Aveiro e Sines, APEQ – Associação Portuguesa das Industrias Químicas e Sines Tecnopolo.

Universidades: Técnica de Lisboa, de Aveiro, de Coimbra, do Porto e Nova de Lisboa.