Projecto Caruma envolveu 57 participantes

terça, 18 de dezembro 2007

O Projecto de Arte Comunitária Caruma, da Companhia Instável, com coreografia de Madalena Victorino e música de Carlos Bica, contou com a participação entusiástica de 57 voluntários da comunidade, conduzindo a um ambiente de grande entrega e emoção por parte de todos. Praticamente todas as três sessões do espectáculo, no Cine-Teatro, esgotaram, numa adesão inédita por parte da população a um espectáculo de dança contemporânea (que continuará em 2008 a sua digressão nacional e internacional, pelas provas dadas da qualidade e pertinência do projecto).

A Companhia Instável passou 7 dias em Estarreja para preparar o espectáculo. O balanço de Madalena Victorino não podia ser melhor. “A experiência correu muito bem. Gostei imenso da participação das pessoas porque compreenderam bem o espírito do espectáculo”, nomeadamente a seriedade e o rigor próprios de uma apresentação em palco. Numa cidade pequena, Madalena Victorino confessa que “não esperava um grupo tão grande de adeptos. Afinal houve o que me alegra imenso”.

Um dos objectivos deste projecto, ao envolver a comunidade local deixando-a fazer parte do espectáculo, “é sedimentar a relação das pessoas com o Cine-Teatro para que sintam que o Cine-Teatro lhes pertence e que podem sentir-se bem aqui dentro. É uma casa sua”. A companhia quer contrariar a falta de hábitos culturais existente no país.

O exemplo de Estarreja não é indiferente a Madalena Victorino. Falando como programadora do CCB – Centro Cultural de Belém, disse que “a programação deste Cine-Teatro é excelente, muito boa e precisa de público”, que tenha o hábito de ir ao Cine-Teatro.


A opinião dos participantes

Em Estarreja, o Projecto de Arte Comunitária Caruma envolveu 57 participantes, desde bebés até pessoas idosas. Marta Tavares, 13 anos, adorou contracenar com bailarinos e músicos profissionais. “Foi muito bom, uma óptima experiência e muito importante. Espero que esta seja a primeira de muitas vezes e hajam mais oportunidades”. No domingo, após a terceira apresentação, Raquel Pinto, 12 anos, realçava a aprendizagem destes dias de trabalho. “Gostámos muito, ensinaram-nos coisas novas e aprendemos muito mesmo”. Arminda Oliveira, 72 anos, veio “pelo convívio e para fazer qualquer coisa diferente” e não se arrependeu. “Gostei imenso de tudo, do convívio, dos artistas, dos bailarinos… Valeu a pena”.