Biblioteca Municipal: “Cantinho d’Arte” regressa em Setembro
Um ano repleto de actividades múltiplas e de descoberta. O programa “Cantinho d’Arte” inserido no serviço educativo da Biblioteca Municipal de Estarreja (BME) encerrou a temporada. Crianças e jovens receberam os diplomas de participação nos ateliers de animação, numa sessão informal que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal, José Eduardo de Matos, do vereador da Educação, João Alegria, e do bibliotecário, José Beato.
O Cantinho d’Arte regressa em Setembro. O novo programa da BME, lançado no início do último ano lectivo, consiste na dinamização de ateliers de animação infanto-juvenil, para crianças e jovens entre os 6 e os 14 anos e para os alunos da CERCI de Estarreja, e registou mais de três centenas de inscrições.
As oficinas são um espaço privilegiado para os participantes darem asas à imaginação com a possibilidade de realizarem actividades para todos os gostos. Reciclagem, pinturas faciais, expressão dramática, construção e manipulação de fantoches, jogos à volta do Mundo, tecelagem, construção de instrumentos musicais e até culinária são apenas alguns exemplos.
Criado no final do ano passado, este projecto de actividades lúdicas “tem tido uma boa adesão pela natureza lúdica das actividades com apelo à criatividade, desenvolvendo competências motoras, de pesquisa e de trabalho em grupo e recorrendo à utilização de materiais simples, em muitos casos reutilizáveis”, refere o vereador da cultura da Câmara Municipal, João Alegria, que encontrou no grupo de participantes um homónimo. João Alegria, 13 anos, foi o recordista de assiduidade no “Cantinho d’Arte”. Participou em 19 oficinas de trabalhos manuais tendo faltado apenas a uma.
“Todos foram bons”, avalia exibindo o seu diploma. É difícil encontrar uma temática favorita mas a escolha do João recai sobre os graffitis em mural “por ser moderno e radical”. A construção de objectos ópticos “foi também bastante interessante”, lembra sem deixar de mostrar o caleidoscópio que criou.
Na memória da mais nova participante, a Bárbara, de 8 anos, ficam as experiências científicas realizadas sempre com a ajuda da educadora de infância, Carla Ferreira. “Fizemos experiências, fizemos vulcões e pega monstros”, lembra a pequena Bárbara que resume “os ateliers são muito fixes!”.
Na medida em que “as idades do pré-escolar e do 1º ciclo dispõem de actividades específicas”, este programa surgiu como alternativa de ocupação de tempos livres de “uma faixa etária diferente” e como ponte de ligação “procurando trazer mais crianças e jovens à Biblioteca”, explica o vereador.
Rodrigo, 10 anos, é uma dessas crianças que visita com frequência este espaço de cultura para investigar, ler ou para se entreter a ver filmes ou navegar na internet. “Venho muitas vezes à Biblioteca. Gosto muito de ver enciclopédias, venho requisitar livros e filmes e também vou para o computador”.