Sessão de Boas Vindas aos alunos do primeiro CET em Estarreja
As entidades parceiras no projecto de formação pós secundária deram as boas vindas aos 18 alunos inscritos no CET – Curso de Especialização Tecnológica em Instalações Eléctricas e Automação Industrial, da Escola Superior Aveiro – Norte, da Universidade de Aveiro.
Universidade, Câmara Municipal, Escola Secundária, SEMA – Associação Empresarial, PACOPAR e Nestlé, fizeram-se representar na sessão que decorreu na tarde de ontem na Biblioteca Municipal. Este foi o primeiro contacto entre as entidades e os estudantes.
Em representação do Município, estiveram o presidente José Eduardo de Matos, e o Vereador da Educação, João Alegria. A Câmara teve todo o interesse em trazer para Estarreja uma aposta fundamental diversificando a oferta formativa ao proporcionar a formação pós secundária.
Esta parceria entre entidades públicas, Universidade de Aveiro e empresas visa a criação de técnicos qualificados sem contudo abdicar da possibilidade destes alunos poderem prosseguir os seus estudos universitários. O director do Programa Aveiro Norte, Oliveira Duarte, sublinhou “a escolha de vida destes jovens que querem um ensino mais prático e um ponto de saída para o mercado de trabalho”.
Na mesma tónica, o representante do Secretariado do PACOPAR – Painel Consultivo Comunitário do Programa Actuação Responsável, Paulo Jorge Almeida, da empresa Cires, referiu que “há maior empregabilidade num curso como o vosso. Se não forem pessoas qualificadas, não vão arranjar emprego. O caminho é este”. As empresas que constituem o PACOPAR (Airliquide, AQP, Cires, Dow e Quimigal) apoiaram “desde a primeira hora este projecto e queremos continuar a apoiar”, garantiu. Estão asseguradas visitas de estudo e estágios curriculares nas empresas aderentes ao PACOPAR e Nestlé.
O CET será objecto de protocolo de cooperação através da criação da Parceria de Formação Especializada do Concelho de Estarreja na qual têm assento a Universidade de Aveiro, Câmara Municipal, Escola Secundária, SEMA – Associação Empresarial, empresas constituintes do PACOPAR e a Nestlé.
Esta parceria visa a implementação de um programa de reforço da oferta formativa profissionalizante e creditável para efeitos de prosseguimento de estudos superiores e de outras acções de formação, tendo como principal mais valia a valorização social e profissional dos jovens e dos activos da região bem como proporcionar ao tecido empresarial do Município de Estarreja o acesso a mão-de-obra qualificada.
As entidades parceiras irão desenvolver um esforço no sentido de promoverem a Unidade de Formação de Estarreja junto de outras empresas com relevo na região com o intuito de cativar novos parceiros, ao mesmo tempo que irão analisar quais os módulos que poderão vir a ser leccionados nesta Unidade com vista à formação/requalificação da actual mão-de-obra, aproveitando a oferta formativa dos módulos dos CETs do Programa Aveiro – Norte.
Na sessão de boas vindas, foi ainda anunciada a criação de duas bolsas de estudo que premiarão a excelência e o mérito com a atribuição de um computador portátil em cada caso. O regulamento das bolsas está já em fase de preparação.
As aulas do CET de Estarreja começaram no início de Fevereiro, nas instalações da Escola Secundária, com um atraso de 3 meses. Oliveira Duarte esclareceu que o motivo da demora se prendeu com a “falta de garantias de financiamento por parte do Ministério da Ciência e do Ensino Superior”. A solução chegou só a 29 de Dezembro, com o despacho do Ministro Mariano Gago confirmar o financiamento dos cursos para 2007.
Hélder Ferreira, de Braga, porta-voz da turma, agradeceu o apoio manifestado pelas entidades. Este jovem, que sempre gostou de electricidade e optou por aprofundar a área, falou das suas expectativas. “Acabar o curso e arranjar emprego numa empresa sólida que dê garantias para o futuro”.
Outro aluno, que veio da área da contabilidade, João Aresta, escolheu este CET por ser um “curso com elevada taxa de emprego e com uma vertente prática acentuada. Este género de cursos são sempre uma mais valia para os jovens que não querem enveredar pelo caminho universitário. Sermos bons profissionais é o triunfo que vamos mostrar no futuro”, garantiu.
Os 18 formandos são provenientes não só de Estarreja e concelhos limítrofes como doutros locais do país como Braga, Figueira da Foz ou Cantanhede. “Gosto de estar cá, esta é uma cidade bem organizada e tenho sido bem recebido”, rematou Gonçalo, um dos estudantes forasteiros.