“Chuva negra” que caiu em Estarreja veio do sul
Na manhã da passada quinta-feira, numa área considerável do Município apareceram pequenas manchas pretas de origem desconhecida, com especial visibilidade em viaturas que permaneciam ao ar livre, sendo visível também nas janelas e pisos de casas de habitação e nas próprias vias de comunicação.
Duma visita a vários locais do Concelho, confirmou-se que uma espécie de fuligem caiu com mais intensidade em parte das freguesias de Canelas e Salreu, no centro da cidade de Estarreja, em Santo Amaro e Areosas, freguesia de Beduído, e no lado nascente da freguesia de Avanca.
Não se tomou conhecimento de casos nas Freguesias de Pardilhó, Veiros e Fermelã, bem como a poente de Beduído e de Avanca.
Foi feito o alerta para o SEPNA – Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR e à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), que procedem às averiguações respectivas, não tendo a Rede de Monitorização da Qualidade do Ar acusado partículas.
Em simultâneo, o Serviço Municipal de Protecção Civil solicitou informação a todas as empresas do Complexo Químico de Estarreja e ainda ao Instituto de Meteorologia para saber qual a orientação dos ventos naquela madrugada, cujos registos apontam o oeste (lado do mar).
A informação prestada via PACOPAR – Painel Consultivo Comunitário do Programa Actuação Responsável de Estarreja – garante que o incidente nada tem a ver com o Complexo Químico.
Neste momento, não estão concluídas as investigações pelas entidades competentes, pelo que é prematuro dizer qual o produto e a sua origem, tudo apontando para que a fonte poluidora se situe no Concelho de Aveiro.
Hoje mesmo, o Presidente da Junta de Freguesia de Cacia anunciou publicamente que irá pedir explicações a duas empresas localizadas naquela localidade, onde a poluição se tem vindo a verificar nos últimos meses.
A Câmara de Estarreja canalizou todas as queixas recebidas para a CCDR-C, que também podem ser feitas pelos lesados para geral@ccdrc.pt ou Rua Bernardim Ribeiro, 80 – 3000-069 COIMBRA.
A Autarquia espera que a identificação do produto não demore vários meses, como em outros casos recentes, de modo a estabelecer-se a relação com os responsáveis para o apuramento de responsabilidades e potenciais indemnizações.