MAIS DE 12 MIL UTENTES EXIGEM MANUTENÇÃO DAS URGÊNCIAS
segunda, 06 de novembro 2006
“A população do concelho de Estarreja entende como necessário e imprescindível a manutenção do Serviço de Urgência no Hospital Visconde de Salreu (HVS) e a sua integração como Unidade Básica de Urgência na rede de referenciação hospitalar”. A reivindicação é subscrita por 12550 utentes num abaixo-assinado enviado ao Ministro da Saúde, António Correia de Campos.
Durante duas semanas, circulou nos concelhos de Estarreja, Murtosa e em S. Jacinto (concelho de Aveiro) um abaixo assinado em defesa das Urgências cujo possível encerramento “está a preocupar seriamente a população de Estarreja e dos seus concelhos vizinhos”.
A moção alerta em primeiro lugar para os “riscos acrescidos que comporta a indústria química, pelo que contamos com os profissionais do HVS que estão preparados para acorrer às situações de catástrofe neste sector devido à sua formação específica em urgências/emergências”, enfatiza o documento dando conta do recente acordo entre a CUF/Quimigal, Dow e Air Liquide que “permitirá às empresas duplicar a sua capacidade de produção, transformando o Parque Químico num dos maiores da Europa com o inerente aumento de risco, tanto no próprio Parque Químico como nas estradas onde circulam os camiões cisternas diariamente”.
O abaixo assinado lembra que o HVS presta assistência às populações de Estarreja, Murtosa, S. Jacinto (Aveiro), Branca (Albergaria – A – Velha), Pinheiro da Bemposta e Loureiro (Oliveira de Azeméis) e Válega (Ovar), num total de 50 mil habitantes.
A apresentação enviada ao Ministro da Saúde adianta que “o encerramento do Serviço de Urgência poderá vir a comprometer a igualdade de acesso aos cuidados de saúde, nomeadamente para os habitantes de S. Jacinto, Torreira e Murtosa que têm pela frente um longo e difícil percurso até ao Hospital Infante D. Pedro em Aveiro (entre 1h a 1h16 min.)”.
Além do mais, os utentes terão pela frente um “longo tempo de espera no serviço de urgência desse hospital, que também lida agora com o encerramento dos serviços de Atendimento Permanente de Albergaria e Aveiro e que dificilmente terá capacidade de resposta em tempo útil”.
A proximidade do Hospital aos nós da A1 e A29 e da linha ferroviária do norte é outro argumento para que, em tempo útil, se socorram os feridos dos “acidentes graves ocorridos nestas vias”.