COLÓQUIO APD: "ONDE ESTAMOS E ONDE QUEREMOS CHEGAR?"
segunda, 29 de maio 2006
CIDADES ACESSÍVEIS PARA UMA SOCIEDADE INCLUSIVA
30 de MAIO
Biblioteca municipal de Estarreja
ORGANIZAÇÃO: Associação Portuguesa de Deficientes
APOIO: Câmara Municipal de Estarreja
PROGRAMA
9h — Abertura do Secretariado
9H30 — Sessão de Abertura
Presidente da Câmara Municipal de Estarreja
Presidente da Rota da Luz
Presidente da Direcção da Delegação Local de Estarreja
10h — 1º Painel
Tema:
“O Decreto-Lei 123/97, de 22 de Maio - Porquê o seu incumprimento? E para além da acessibilidade física?”
Prelectores:
Paula Teles - Coordenadora da Rede de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos
Abílio Silveira - Vereador das Obras da Câmara Municipal de Estarreja
Paula Ribas - Técnica da Câmara Municipal de Estarreja
Nuno Ventura Bento – Urbanista da APD
Presidente da Direcção Nacional da APD
11h15 - Debate
Moderador: Rosa de Fátima - Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Estarreja
“Um País planificado para todos assegurará a inclusão dos seus habitantes. Será esta a realidade em que as actividades económicas, culturais e sociais estarão facilitadas. Em que não serão necessários tantos investimentos em equipamentos especiais. Uma visão de curto prazo, de poupança no imediato, só trará custos acrescidos no futuro próximo. Não só custos económicos, mas também custos sociais decorrentes da exclusão de parte significativa da população.”
In documento da APD “Mobilidade e Acessibilidade”
DESTINATÁRIOS:
Legisladores
Entidades licenciadoras e fiscalizadoras
Projectistas
Construtores
Pedagogos
Dirigentes associativos
Ordens profissionais
MANIFESTO DA APD – Associação Portuguesa de Deficientes
Durante muito tempo outros falaram por nós!
Decidiram que não podíamos ir à escola como os outros meninos e por isso inventaram os estabelecimentos de ensino especial.
Decidiram que não podíamos trabalhar no mercado normal de trabalho e por isso criaram o que designaram por emprego protegido.
Decidiram que não tínhamos capacidade para gerir a nossa casa e por isso nos depositaram em instituições.
Decidiram que o que diziam não se aplicava a nós e por isso se esqueceram das línguas alternativas.
Decidiram que as cidades não eram para nós e ergueram um mundo de barreiras à nossa volta.
Decidiram que nós não sabíamos decidir! Mas...
Nós decidimos que temos tudo a dizer sobre as nossas próprias vidas!
Nós decidimos lutar pelo nosso direito à dignidade humana.
Nós queremos, podemos e devemos ser parte activa do desenvolvimento social, económico, político e cultural da sociedade.
Nós sabemos que a diversidade é factor de enriquecimento da sociedade e que sem nós, sem a nossa experiência, os nossos sonhos e o nosso saber o mundo seria um lugar mais pobre. Nós decidimos que ninguém deve decidir por nós!
Nada sobre Nós sem Nós!