ECO PARQUE EMPRESARIAL DE ESTARREJA: MODELO INOVADOR EM PORTUGAL

quinta, 16 de setembro 2004

A implementação do Eco Parque Empresarial de Estarreja tem como um dos seus maiores desafios a aplicação pioneira em Portugal dos princípios da Ecologia Industrial e do Desenvolvimento Sustentado. Alavanca central de desenvolvimento do Concelho, assim como também da região onde se insere, o Eco – Parque constitui uma forte aposta do Município na recuperação dos últimos muitos anos, priorizando a atracção de pessoas e investidores. Prevê-se que em Março de 2005, os primeiros 30 hectares de terreno estejam prontos a ser utilizados pelos empresários. Numa visita às obras do Eco – Parque, com a presença dos órgãos de comunicação social, o Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, José Eduardo Matos, realçou o “esforço exclusivo, em termos humanos e financeiros, da Câmara Municipal de Estarreja”. Até agora, o Município já investiu, em aquisição de terrenos e na execução da obra, perto de 3 milhões de euros. Atendendo à importância deste projecto, o Autarca está esperançado que na “reprogramação financeira do III Quadro Comunitário de Apoio, a candidatura do Eco – Parque aos fundos comunitários seja contemplada” até porque tem informações de que, nessa avaliação, serão “privilegiados os investimentos em áreas produtivas”. Este projecto implica um investimento global de 11 milhões de euros, divididos em 5 fases, e o “Município não tem recursos infindáveis. Precisamos desse apoio para avançarmos para as novas fases”, afirma. Primeiros 30 hectares em execução A actual empreitada de construção de Infra Estruturas (obras de urbanização das 1ª e 2ª Fases) corresponde a 103ha e a um investimento de 8,5 milhões de euros. Os trabalhos arrancaram em finais de 2002 e estão a “andar muito rapidamente”, diz o Vice-Presidente da Câmara, Abílio Silveira, que acrescenta “não conheço nenhum outro parque com estas dimensões”. A intervenção engloba a construção de arruamentos numa extensão de 8 mil metros, rede de abastecimento de água, rede de saneamento, rede de drenagem de águas pluviais, rede de gás, rede eléctrica e rede de telecomunicações. Ou seja, “muito trabalho está feito, mas não se vê pois as infra estruturas estão enterradas”, referiu Vítor Alves, um dos representantes da empresa construtora, a “Mota-Engil”. A zona será ainda apetrechada com áreas de estacionamento, novas áreas verdes, criação de ciclovias e corredor de Bombeiros. “Os acessos de emergência serão independentes e não colidem com outros arruamentos. A ciclovia existirá ao longo dos arruamentos estruturantes principais”, explicou, aos jornalistas, outro técnico responsável pela empreitada, Eduardo Costa. Segundo as previsões, em Março do próximo ano será possível disponibilizar os primeiros 30 ha de terreno, com capacidade para 27 empresas. Existirão lotes de 3000m, 6000m, 9000m, 13.500m e um de grandes dimensões (5,2ha). Estas dimensões dos lotes são dirigidas, em especial, às pequenas e médias empresas, “extracto que falta no Concelho de Estarreja”, acrescentou o Presidente do Município, diversificando a base económica até agora limitada maioritariamente às grandes empresas. Caracterização do Eco Parque O Eco Parque Empresarial de Estarreja assume-se como uma futura área de localização empresarial com preocupações de crescimento económico, de protecção do ambiente e de desenvolvimento social da região. Os Eco – Parques Empresariais caracterizam-se por serem áreas industriais fortemente empenhadas não só no crescimento económico, mas também na protecção do ambiente e no desenvolvimento social da região. “Queremos um parque que atinja um equilíbrio nas suas componentes industrial e ambiental”, faz notar José Eduardo Matos deixando claro que “as empresas têm que ter regras e respeitar os compromissos ambientais do Eco – Parque”. Este novo modelo pretende extinguir “os exemplos do passado”. E o primeiro passo são as condições oferecidas pelo Eco Parque ao nível das infraestruturas. O Eco Parque tem suscitado o interesse de muitos investidores. “Há muitos empresários interessados, pois têm noção das qualidades desta estrutura, que apresenta condições que os outros parques não têm, e das vantagens do Concelho ao nível das acessibilidades e recursos humanos”, indica o Presidente da Câmara estarrejense. O Parque de Estarreja terá um código de conduta exemplar de prevenção da poluição, de cumprimento de requisitos legais ambientais e de melhoria contínua do desempenho das empresas que irão exercer as suas actividades. O desenvolvimento eco – industrial conduz a um crescimento industrial mais competitivo, eficiente e “limpo”. A estruturação desta área de desenvolvimento económico, tem como base um planeamento urbanístico e ambiental programado e articulado, de forma a criar uma zona empresarial devidamente infra – estruturada, como condição de recepção básica à atracção de novos investimentos, contribuindo para a diversificação sectorial e reestruturação do sector transformador, inserindo-se no Plano Estratégico de Estarreja. Desafios do Eco – Parque Empresarial de Estarreja • Aumentar a capacidade competitiva da região • Melhorar a produtividade do tecido empresarial • Reduzir os custos de infra – estruturação e serviços comuns • Estimular a fixação dos investidores • Promover a deslocalização de unidades empresariais, especialmente as provenientes de centros urbanos • Estimular a criação de emprego capaz de fixar a população jovem