Adjudicada a primeira fase do futuro parque industrial por 1,7 milhões de contos

Área de localização empresarial nasce em Estarreja

terça, 27 de novembro 2001

A Câmara Municipal de Estarreja adjudicou esta semana, por 1,7 milhões de contos, os trabalhos de construção da primeira e segunda fases do novo parque industrial. Os trabalhos a executar, com prazo de execução de 35 meses, envolverão a infraestruturação da zona ao nível das redes de saneamento, gás e electricidade, redes de telecomunicações, construção de arruamentos e tratamento de esgotos industriais. Trata-se de um investimento que, com a execução da terceira fase, totalizará 4,3 milhões de contos, assumindo-se como uma infraestrutura determinante para o desenvolvimento futuro do concelho.O futuro parque do município, a surgir nos terrenos adjacentes ao actual parque da «Quimiparque», será uma das Áreas de Localização Empresarial (ALE) do país definidas pelo Governo. «Será um parque de referência a nível nacional», afirma o presidente da Câmara de Estarreja, Vladimiro Silva. A sua concretização, adianta o autarca, insere-se na política de desenvolvimento estratégico definido pela autarquia. «O futuro parque irá marcar a região nas próximas décadas», salienta, a propósito, Vladimiro Silva para quem a nova infraestrutura será um caso exemplar em termos de modernidade e de preocupações ambientais. O novo parque constitui um dos modelos de desenvolvimento para o relançamento da base económica concelhia definidos no Plano Estratégico para Estarreja (PE). O documento, elaborado por uma equipa técnica da Universidade de Aveiro, sustenta que um dos objectivos orientadores da política industrial municipal será o «de tornar Estarreja o concelho propulsor da competitividade ambiental regional, consagrando uma política inovadora de atracção e fomento de criação de empresas que contribuam para o aumento da competitividade das outras empresas já existentes na região». Para tal o Plano Estratégico aponta para a sediação, em Estarreja, de um número significativo de empresas de carácter diversificado (dos sectores secundário e terciário) vocacionadas para a prestação de serviços de apoio de natureza ambiental a outras empresas e actividades de qualificação ambiental da região sendo determinantes neste objectivo a existência do Observatório Regional do Ambiente, formação técnica permanente e a aproximação a centros científicos e tecnológicos. O PE encara a nova infraestrutura como um espaço para novas «dinâmicas empresariais imbuídas de factores de competitividade de longo prazo» e o «centro nevrálgico de uma Estratégia de Desenvolvimento Eco-Industrial». O futuro espaço industrial disfruta de excelentes condições geográficas: possui o maior ramal ferroviário industrial do país, uma boa rede de acessibilidades (Auto Estrada do Norte, IP5 e futuro IC1), para além da sua proximidade ao porto de Aveiro e ao aeroporto Sá Carneiro. A futura área industrial de Estarreja, incluindo o actual Complexo Químico, ocupará uma área de 502,5 hectares. São objectivos desta nova plataforma industrial a requalificação do espaço, a modernização e consolidação das empresas instaladas e a melhoria da qualidade ambiental na qual assume particular importância o Agrupamento de Empresas para a Regeneração de Solos de Estarreja (ERASE). Outros objectivos são a dinamização e o relançamento industrial de Estarreja, a fixação da população jovem, a revitalização do tecido social, a deslocação de empresas do centro urbano para uma única área industrial (diminuindo ou racionalizando os custos de construção de infraestruturas) e a promoção do turismo de negócios. Além de empresas, a Área de Localização Empresarial de Estarreja prevê vários serviços de apoio: bombeiros, centro de congressos, centro de apoio ao empresário, centro de formação profissional, parque de exposições, restaurante, hotel, posto de assistência médico-social, agências bancárias e posto de correios.