A Casa Museu Egas Moniz comemora o seu 36º aniversário. No dia 10 de Julho, um Recital de Música Clássica assinala a efeméride. A solista estarrejense Carla Santos, no violino, e Florence Lobo, no piano, interpretam temas clássicos de Bach, Kreisler e Bruch. O concerto terá início às 21H30 no Auditório da Casa Museu, em Avanca, e está inserido num ciclo de eventos que pretende assinalar os 50 anos da morte do Prémio Nobel da Medicina e que decorrerá até Dezembro de 2005. As entradas são gratuitas. Carla Santos, violinista Carla Santos nasceu em Estarreja em 1986 tendo iniciado os seus estudos musicais aos 6 anos de idade. Em Abril deste ano, após ter frequentado uma masterclass na Universidade de Aveiro sob a orientação do Professor Daniel Rowland, foi seleccionada para se apresentar a solo com a Orquestra Filarmonia das Beiras, no início da próxima temporada. Irá participar no 3º Estágio de Verão de Orquestra, que se realizará no final do mês de Julho, na cidade de Aveiro. Actualmente é aluna finalista do Curso Complementar Supletivo no Conservatório de Música de Aveiro. Florence Lobo, pianista Natural do Rio de Janeiro, Florence Lobo é professora de Piano na Academia de Música de S.Pio X, em Vila do Conde, bem como no Conservatório de Música de Aveiro de Calouste Gulbenkian, onde também desempenha a função de Pianista Acompanhadora. É detentora do Primeiro Prémio em piano e Prémio como Melhor Intérprete de Villa-Lobos no I Concurso Áurea Adnet – Brasil (1987). Casa Museu Egas Moniz – Imóvel de Interesse Público Em 14 de Julho de 1968, a Casa Museu Egas Moniz era uma realidade. Tornada Museu por vontade do investigador científico, a Casa de Egas Moniz, em Avanca, constituía o seu refúgio de férias. Ali haviam nascido os seus antepassados e nela nasceu o Professor. Para a salvar da ruína, mandou-a reconstruir em 1915, segundo um projecto do Arquitecto Ernesto Korrodi, sob direcção do Padre António Maria de Pinho tendo sido encarregue da decoração Álvaro Miranda da Granja. Ampliou-a, enriqueceu-a, dando-lhe a feição que hoje apresenta e uma semelhança com as antigas casas solarengas do século XVIII. Apresenta no seu interior um belíssimo conjunto arquitectónico com os seus belos tectos em caixotão com apainelados, aliado ao bom gosto do seu mobiliário de estilo D. José, D. João V, D. Maria, Luís XVI, Império, Holandês e Charão. Como bom coleccionador que era, com o seu bom gosto e perspicácia, Egas Moniz conseguiu ao longo da sua vida adquirir belíssimas peças que passam por inúmeras colecções. Na pintura (com obras representativas da pintura portuguesa de Carlos Reis, João Reis, Falcão Trigoso, Eduarda Lapa, Silva Porto, Henrique Medina, José Malhôa, Abel Salazar, entre outros), gravura, escultura, desenho, vidro (com espécies de vidro e cristais portugueses da fábrica da Marinha Grande e Vista Alegre e cristais de Bacará), na ourivesaria e tapeçaria conseguiu Egas Moniz, peças de raridade e beleza, antiguidade e minúcia que hoje se encontram na Casa Museu. Para além da sua secção artística, possui a secção científica com objectos referentes às suas investigações científicas da Angiografia até à exposição gráfica das etapas sucessivas das investigações científicas que conduziram à primeira visualização radiológica das artérias cerebrais do Homem vivo e da leucotomia pré-frontal, no género da exposição que foi apresentada aquando do Congresso de Neurocirurgia pelos seus colaboradores do Hospital Júlio de Matos. Horário de funcionamento: De Segunda a Sexta, das 9H às 12H e das 13H30 às 16H30. Aos Sábados e Domingos, das 14H às 17H. Encerra aos feriados.