“Queremos ser um Concelho agradável para viver e atractivo para as pessoas e os investidores”.
Conheça as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2002, explicados na Primeira Pessoa.
quarta, 26 de junho 2002
Foi com esta Visão que assumimos o leme da autarquia, recém chegados de um processo eleitoral autárquico que consagrou o “Projecto mudar Estarreja”.
Fiéis aos princípios que defendemos, assumimos sem demoras a Missão de “afirmar o Concelho de Estarreja, incentivando o tecido empresarial e a rentabilização dos recursos, apostando na dinamização social, valorizando o meio ambiente, por forma a constituir uma melhor qualidade de vida da comunidade”.
Estarreja foi um dos concelhos mais prósperos e progressivos do Distrito de Aveiro; já foi um polo de atracção de pessoas que aqui encontraram um lugar para viver e trabalhar; ainda é um Concelho com condições ímpares para ocupar o lugar que já teve.
Mas, numa época em que o País se transformou radicalmente, Estarreja ficou para trás. Passaram 3 Quadros Comunitários de Apoio, passou um período de crescimento económico único e Estarreja não foi capaz de os aproveitar.
Assistimos, nos últimos muitos anos ao prosperar dos concelhos vizinhos, onde muitos Estarrejenses tiveram de procurar o lugar para trabalhar, investir e até viver.
Chegou a hora de assumir e executar com coragem e determinação esta mudança, reconhecendo as limitações impostas pela incontornável situação encontrada e pelas opções já tomadas, para além da incapacidade de aferir as reais capacidades de definição de despesas e de receitas, pois só agora começamos a ter a completa noção dos procedimentos adoptados como dados adquiridos e assim apresentados .
Em Outubro próximo como previsto legalmente procederemos às “afinações" que se justifiquem, de modo a aproximar cada vez mais este Plano da realidade.
II
As Opções do Plano e o Orçamento para 2002 seguem duas vias distintas e estrategicamente diferenciadas.
Uma consiste em terminar as obras em curso e em honrar encargos e despesas encontradas.
Outra será a de iniciar um ciclo de relançamento do Concelho, assumindo, de imediato, um novo ciclo de reformas e de investimentos.
O cabal aproveitamento dos recursos disponibilizados pela União Europeia, através do III Quadro Comunitário de Apoio, exige a pronta conclusão dos projectos aprovados e a rápida apresentação de outros em fase de elaboração, tendo em vista o seu financiamento.
Alicerçados numa situação económica e financeira desequilibrada, numa perspectiva de médio prazo, tenderemos à sua progressiva consolidação, assumindo de forma planeada e enquadrada a execução dos grandes objectivos supra indicados.
Durante o próximo quadriénio, a Câmara Municipal poderá utilizar o crédito como instrumento de administração. Tal fonte de financiamento, a ser utilizada, terá sempre como princípio orientador a capacidade da Autarquia para cumprir as obrigações que decorrem dos respectivos contratos, previsivelmente agravados com o aumento da taxa dos juros.
A necessária contenção já começou nas despesas supérfluas, continua no esforço de planeamento e termina na melhoria da organização funcional.
Queremos, de forma segura, continuar a lançar obras e iniciar novos projectos durante este quadriénio, logrando fundamentalmente recolocar Estarreja numa posição de relevo estratégico face aos seus parceiros do Distrito de Aveiro.
Estamos num tempo de reaprender a ver, a conceber , a pensar e a agir.
III
O Plano Prurianual de Investimentos e o Orçamento de 2002 têm como núcleo central um conjunto de preocupações e de ambições que, constituirão um passo em frente na modernidade e na afirmação do Município, assumindo um decisivo ciclo de desenvolvimento.
O Planeamento Municipal resulta de um processo interactivo.
As grandes Opções do Plano não se encerram com este documento – muito pelo contrário, agora ganham vida e força, abrindo-se à discussão que, iniciada na Câmara e continuada na Assembleia, prosseguirá pelas 7 Freguesias do Concelho.
Este é um facto histórico – pela primeira vez na história do municipalismo em Estarreja se elabora um Plano com esta profundidade e alcance.
Mudamos a atitude e a forma de fazer política.
Optamos por uma nova forma de gestão autárquica .
O Plano Plurianual de Investimentos permite uma visão global dos investimentos e principais actividades a desenvolver pela Autarquia, explicitando a previsão das respectivas despesas, quer no ano de 2002, quer nos seguintes e anualmente reajustável, com o detalhe necessário a uma gestão criteriosa dos meios financeiros disponíveis, só podendo ser realizados projectos e acções até ao montante da dotação inscrita para esse ano no Orçamento igualmente aqui apresentado, também contendo todos os recursos que se prevê arrecadar.
Confiamos que o nosso trabalho e o planeamento darão frutos.
IV
Chegou o nosso momento da verdade.
Sem delongas, assumimos as nossas 6 linhas de desenvolvimento estratégico, eleitoralmente sufragadas e que agora cumprimos.
1 – Assumir a Câmara como Empresa Social, prestando um serviço público de qualidade ao Munícipe – Cliente ( pelos Recursos Humanos ao Gabinete de Apoio ao Empresário, da delegação de poderes pelas 7 Freguesias à funcionalidade dos serviços ).
2 – Apostar na Requalificação Urbana e na Reabilitação Ambiental ( da revisão do PDM ao projecto ERASE, da limpeza urbana à iluminação pública, do saneamento ao Parque Municipal do Antuã ).
3 – Defender a Dinamização e Coesão Social, valorizando as pessoas e as instituições ( dos Jovens à Terceira Idade, da Rede Social à Saúde, da Habitação Social ao Projecto Família ).
4 – Distinguir a Ciência, a Cultura e o Desporto, na afirmação das Colectividades como o ouro da casa ( da valorização da Casa Museu Egas Moniz à acção nas Escolas, da Feira das Colectividades à Escola Municipal do Desporto, da aposta na Cultura Tradicional ao virar o Concelho para a Ria ).
5 – Dotar Estarreja de Infra-Estruturas e Equipamentos modernos e de qualidade ( do IC1 a poente ao Parque Eco-Empresarial, do Baixo Vouga à Escola Integrada de Salreu, do URBCOM em Avanca, Salreu e Pardilhó à construção de novas variantes em Veiros, Canelas e Fermelã ).
6 – Afirmar o nosso Município e valorizar a Região, sublinhando o inter-municipalismo e a mobilidade ( da intervenção nas Ribeiras e na Ria às ligações viárias aos concelhos vizinhos, do papel da AMRIA e Associação do Carvoeiro ao intercâmbio cultural e técnico ).
V
Lançado já está o desafio que a todos se estende – dos eleitos políticos aos 28.000 habitantes das nossas 7 Freguesias.
O futuro do Concelho já começou.
Está nas nossas mãos construí-lo.
Os nossos filhos e netos não nos perdoarão se não formos capazes.
Neste projecto de progresso existem questões e objectivos que podem considerar-se decisivos, onde toda e cada um dos Estarrejenses tem o seu contributo a dar.
A história não se vive duas vezes.
Estarreja não pode esperar mais.
PAÇOS DO CONCELHO
O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL,
José Eduardo de Matos, Dr.