Café de Ciência esta sexta na Casa Museu Egas Moniz com Manuela Grazina

"O corpo humano como um território-cérebro e caminhos emocionais na saúde e na doença"

segunda, 07 de julho 2025


A atividade “Café de Ciência” está de volta à Casa Museu Egas Moniz, Avanca. Esta sexta-feira, dia 11, às 21h, Manuela Grazina irá assumir o seu papel de influencer científica e conduzir-vos numa viagem pelo território cerebral, mostrando caminhos para promoção da saúde mental e bem-estar. As entradas são livres.

Manuela Grazina tem-se dedicado nos últimos 33 anos a desvendar os mistérios do cérebro e tem passado os últimos 20 anos a partilhar conhecimento, com o objetivo de capacitar a sociedade com literacia científica, que cada pessoa pode usar em seu benefício. Tal como Egas Moniz, cita “A ânsia de concorrer para aumentar o património científico desde o início me seduziu”.

Nós somos todos diferentes, tendo em conta o código genético individual (genética, hereditariedade), ampliando-se a diferença na nossa interação com o ambiente e dependendo dos hábitos de vida, nomeadamente da nutrição e dos hábitos de sono (epigenética). O impacto destes fatores é especialmente importante para o território cerebral.

O cérebro, como a região de processamento e controle do corpo humano, está sujeito a desafios e adapta-se constantemente e sendo influenciado por múltiplos fatores que determinam a saúde física e mental. Da mistura com os nossos genes, nos nossos triliões de células e que vão mudando o seu funcionamento ao longo da hora do dia, da nossa vida e de acordo com o ambiente, resulta o nosso funcionamento, comportamento e capacidade de decisão ou mesmo aprendizagem.

A investigação científica tem demonstrado as funções de regiões e territórios cerebrais que são essenciais, por exemplo, para o planeamento de ações, o controle da impulsividade, cognitivo e do pensamento, da tomada de decisão e até da gestão emocional, do conhecimento e das memórias. 

Como disse António Damásio: “a união entre o corpo e o cérebro permite ainda revelar algum do saber secreto da Biologia, ou seja, as razões profundas da sua inteligência”, porque “As novidades neurais procuram otimizar a regulação homeostática e dar mais segurança à manutenção da vida” (in “Sentir e Saber”).

Temos de pensar no corpo humano como um território integrado, indissociável da natureza. Por vezes, com tantos avanços, com tantas ambições que temos, esquecemo-nos de parar e olhar para a natureza, que tem um modo de funcionar quase autónomo e que nos ensina tanto sobre o funcionamento de tudo aquilo que é necessário para nós estarmos bem e em equilíbrio.