Um dia para plantar 1000 Árvores no BioRia

O projeto de sensibilização ambiental da Associação Agora Aveiro desafia a comunidade académica a plantar milhares de árvores nativas no Município de Estarreja. Depois de uma primeira ação que teve lugar no dia 22, este sábado, a partir das 9h30, alunos, docentes e funcionários da Universidade de Aveiro (UA) voltam a mobilizar-se para plantar nas margens de linhas de água e delimitação de caminhos no Percurso de Salreu do BioRia. São carvalhos-alvarinhos, amieiros, freixos, salgueiros e choupos, que ajudarão na recuperação da floresta autóctone portuguesa e da biodiversidade que dela depende.

No total, serão 2000 as árvores plantadas ao longo de três ações de reflorestação nesta edição do projeto em Estarreja. Árvores essas que, no passado mês de outubro, foram “adotadas” pelos alunos, professores e funcionários da UA, e que agora regressam à terra. Para além da plantação, os participantes farão uma visita interpretativa ao BioRia. Uma oportunidade única para melhor conhecer o incrível e singular ecossistema que é o Baixo Vouga Lagunar, e compreender como é que o pequeno gesto de plantar uma árvore pode ter um impacto tão grande e relevante.

Esta iniciativa representa um movimento pela defesa e promoção da floresta autóctone e do seu valor na mitigação das alterações climáticas, resiliência contra incêndios e conservação da biodiversidade. O projeto pretende mudar o papel dos jovens na defesa da Natureza, desde a ocasião em que adotam as pequenas árvores até ao momento em que, pelas suas próprias mãos, as plantam em zonas desflorestadas.

O Município de Estarreja tem, desde há vários anos, assumido o desafio da preservação do meio ambiente e da promoção da sustentabilidade. “O trabalho da autarquia nesta área tem integrado diversas dimensões, com destaque não só para o Projeto BioRia (e todas as ações a ele associadas que decorrem ao longo do ano), mas também para áreas diversas como a sustentabilidade na construção, a eficiência energética ou a eficiência hídrica. Tendo presente este “histórico”, era natural que nos associássemos de bom grado a este projeto, até porque, para além da componente ligada ao ambiente, integra também a dinâmica da participação cívica dos cidadãos (ou de associações por eles constituídas) nas políticas públicas que é dever das autarquias incentivar e valorizar”, refere o Vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Estarreja, Adolfo Vidal.

Indo de encontro às preocupações do Município, este projeto inclui ainda ações de controlo de infestantes, que ameaçam a biodiversidade local. Nos últimos anos, a Câmara Municipal promoveu dezenas de ações nos Percursos BioRia, no sentido de evitar a proliferação de algumas espécies, sobretudo de Acácias e Erva-das-pampas, espécies invasoras que libertam para o solo dezenas de milhares de sementes por metro quadrado. É também com este tipo de ações que se procura preservar este ecossistema sensível integrado na Ria de Aveiro, principalmente a área abrangida pelo Percurso de Salreu do BioRia, que é o berço de várias espécies protegidas de avifauna.

O projeto “Plantar o Futuro” nasceu por iniciativa dos alunos de Biologia da Universidade de Aveiro e já conta com 5 anos de história, com a participação e envolvimento de milhares de jovens universitários e com milhares de árvores plantadas na Mata Nacional do Buçaco, Albergaria-a-Velha, Lousada e em Estarreja.

O Plantar o Futuro é um projeto organizado pela associação Agora Aveiro, em colaboração com o Grupo para a Sustentabilidade da Universidade de Aveiro e o Município de Estarreja. Este projeto é cofinanciado pela União Europeia e pelo Camões, IP no âmbito do projeto NOPLANETB AMI.

“Se cada um de nós plantar uma árvore, um dia teremos uma floresta”, é este o mote do “Plantar o Futuro”.

Fotografias: Associação Agora Aveiro.