"Eterno Inverno” do húngaro Attila Szasz vence o Festival de Cinema Avanca 2019

8 filmes portugueses entre os premiados do 23.º AVANCA 2019.

quarta, 31 de julho 2019


“Eterno Inverno” é o grande vencedor do “23.º Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia – AVANCA 2019”, encerrando 10 dias de festival e 5 dias de competições, conferências e workshops internacionais e exposições, este festival atribuiu prémios a filmes e autores de 12 países.

“Eterno Inverno”, do realizador húngaro Attila Szasz, arrebatou o Prémio Cinema para a Melhor Longa-metragem o Prémio D. Quixote da FICC - Federação Internacional de Cineclubes, o Prémio melhor fotografia e melhor atriz para Marina Gera. “Eterno Inverno” é o primeiro filme produzido sobre as 700.000 vítimas húngaras dos campos de trabalho soviéticos.

Foram ainda distinguidas com Menções Especiais as longas –metragens “Elvis volta a casa” de Fatmir Koci (Albânia) e “O Sutiã” de Veit Helmar (Alemanha) que também recebeu o prémio de melhor argumento e melhor ator para Miki Manojlovic (um dos atores preferidos de Emir Kusturica).

O Prémio Curta-metragem foi para o filme do Afeganistão “Elephantbird” de Masoud Soheili e “Tweet - Tweet” de Zhanna Bekmambetova da Rússia, foi distinguida com o Prémio Melhor Animação. 

O júri cinema foi constituído pela investigadora Anabela Oliveira e pelos cineastas Alexander Gratovsky e Roman Zhigalov (Rússia) e Dinis Costa, os programadores Antonio Delgado (Espanha), Larysa Yefymenko (Ucrânia) e Marcello Zeppi (Itália).

A FICC atribuiu igualmente uma Menção Especial ao filme inglês “Taniel” de Garo Berberian e que nos transporta até 1915 e o genocídio Arménio. O Júri da FICC foi constituído por Tariq Porter (Espanha) e Bernardo Cabral (Portugal).

Entre as categorias mais esperadas esteve a “Competição Avanca”. Reunindo obras produzidas ou coproduzidas na região foi distinguida a curta-metragem “Boca do Inferno” de Luís Porto e “A Menor Resistência” de Rafael Marques e Francisco Moreira recebeu uma Menção Especial.

O Prémio Estreia Mundial foi para “A Tua Vez” de Cláudio Jordão e David Rebordão e o de Melhor Longa-metragem para “Voar da Ponta dos Dedos” de Luís Margalhão.

O júri foi constituído pelos cineastas Nicole Gratovsky (Rússia), Passos Zamith e Rui Martins e os programadores Artur Barros Moreira, Jesús Ramé López (Espanha), Luciana Abad (Argentina) e Pedro Medeiros.

O documentário “8 Poems of Emigration" de Kurtulus Ozgen (Turquia) venceu o Prémio Televisão e “Stuka” de Ricardo Machado uma Menção Especial.
A obra “Little America" de Marc Weymuller (França) recebeu o Prémio Estreia Mundial Televisão.

O júri foi constituído pelos realizadores Adriano Nazareth Jr., Manuel Paula Dias e Rui Nunes, o argumentista Henrique Vaz Duarte, os poetas António Souto e Manuel Freire, o ator Carlos Rico, o jornalista Fernando Pinho e os investigadores Leonel Rosa e Jean-Pierre Carrier (França).

O prémio vídeo foi atribuído a “Bookanima: Dance” de Shon Kim (Coreia do Sul). O júri deste prémio foi constituído pelos investigadores Carlos Fragateiro, Paulo Bernardino Bastos, o cineasta Rui Filipe Torres e pelo jornalista João Paulo Neves.

A novíssima competição de cinema VR 360º premiou “Lionhearted” de Ricardo Saleh (Alemanha) e atribuiu o Prémio Estreia Mundial a “Pieces” de Alexandre Cunha, Alexandre Lopes, João Lourenço, João Teixeira e Paulo Carvalho. Este último filme é uma produção da UTAD, Universidade de Trás -os- Montes e Alto Douro. 

O júri foi constituído pela escritora Mariana Bento Lopes, o músico Sérgio Ferreira e o cineasta Sérgio Nogueira.

O prémio para realizadores até 30 anos foi atribuído a “Invasões Francesas” de César Santos, tendo ainda sido atribuída uma Menção Especial a “Querido Diário” de Bernardo Argêncio Fernandes. O júri destes prémios foi constituído pelos críticos Germano Campos, Nuno Reis os cineastas Ana Luísa Lopes, Miguel Marques, Rita Morais, os artistas plásticos Domingos Júnior, Olga Santos e a programadora Judite Barros da Costa.

O prémio para cineastas com mais de 60 anos foi para “Um Café e 4 Segundos” de Cristiano Requião (Brasil) e “My Uncle Archimedes” de George Agathonikiadis (Rép. Checa) recebeu uma menção especial. O Júri foi constituído pelo cineasta David Rebordão, pelos críticos Germano Campos, Nuno Reis e a programadora Fátima Cabral.

A competição “Trailer in Motion” distinguiu o trailer “Aquarela” de Al Danuzio (Brasil) e o videoclipe “Mumiy Troll - Milota” de Sergey Valyaev (Rússia).  O júri, constituído pelo músico Sérgio Ferreira, os cineastas José Vieira e Hamilton Trindade, atribuiu ainda uma Menção Especial ao trailer “A Tua Vez” de Cláudio Jordão e David Rebordão.

Entretanto, na “AVANCA|CINEMA, Conferência Internacional Cinema – Arte, Tecnologia, Comunicação”, o Prémio Eng. Fernando Gonçalves Lavrador, em homenagem póstuma a um dos mais relevantes investigadores portugueses na área da semiótica, estética e teoria do cinema, distinguiu as investigadoras Helena e Maria do Rosário Santana da Universidade de Aveiro.

O júri deste prémio foi constituído pelos académicos Manuela Penafria, Cláudia Vaz, José da Silva Ribeiro, Denise Machado Cardoso (Brasil), Gloria Gómez-Escalonilla Moreno (Espanha) e Mari Makiranta (Finlândia).

No total, 10 júris constituídos por 48 individualidades de 9 países atribuíram 17 prémios e 8 menções especiais.

O AVANCA acontece todos os anos em Avanca e é uma organização do Cine-Clube de Avanca e do Município de Estarreja com o apoio do ICA/Ministério da Cultura, Instituto Português do Desporto e da Juventude, FCT, Junta de Freguesia e Paróquia de Avanca, Agrupamento de Escolas de Estarreja, para além de várias organizações internacionais e entidades locais.