Diamantino Sabina mobiliza todos os esforços para impedir fecho de um dos melhores serviços assistenciais do país

O presidente da Câmara Municipal de Estarreja, Diamantino Sabina, reuniu com o Secretário de Estado da Saúde, Manuel Ferreira Teixeira, para lhe entregar em mãos o Plano Estratégico Alternativo para o CHBV – Centro Hospitalar do Baixo Vouga, elaborado pela Câmara Municipal, e reforçar a defesa do Hospital de Estarreja, da sua Unidade de Cirurgia de Ambulatório e da lógica tripolar do CHBV. O governante, sensível aos argumentos apresentados, garante que nada está decidido.

Defendendo os serviços de saúde de proximidade e manifestando preocupação com a atual gestão do CHBV e com o esvaziamento do hospital estarrejense, o primeiro ofício de Diamantino Sabina na qualidade de presidente da Câmara Municipal foi dirigido em outubro ao Ministro da Saúde, Paulo Macedo, para solicitar uma audiência com o objetivo de debater o futuro dos serviços de Saúde em Estarreja.

Tendo o processo sido encaminhado para o Secretário de Estado da Saúde, Manuel Ferreira Teixeira recebeu o autarca estarrejense no passado dia 21 de novembro. Na reunião estiveram ainda presentes o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, José Tereso, e os deputados do Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia da República, Ulisses Pereira e Paulo Cavaleiro.

O Secretário de Estado da Saúde adiantou que ainda não foi apresentado o Plano Estratégico para o CHBV à tutela, sublinhando que nada está definido quanto à possibilidade veiculada de encerramento da Unidade de Cirurgia de Ambulatório no Hospital Visconde de Salreu.

Sendo a Unidade de Cirurgia de Ambulatório do hospital estarrejense uma das melhores do país, Diamantino Sabina não compreende que esteja em cima da mesa a hipótese de extinguir este serviço, o que constituiria um “ato de má gestão do Conselho de Administração do CHBV”.

Recordou o protocolo celebrado entre a ARS Centro e a Câmara Municipal, em julho de 2007, em que é assumido que “o Hospital Visconde de Salreu terá como missão primordial a cirurgia de ambulatório, o internamento de medicina e cirurgia, a patologia clínica, a medicina física e de reabilitação e as consultas de ambulatório com um número acrescido de especialidades”.
 

Só Estarreja tem condições para o serviço de Cirurgia de Ambulatório

Diamantino Sabina é perentório ao afirmar que “é fundamental manter o que está bem e tem qualidade”, pois estamos a falar de “um dos melhores serviços prestadores de cuidados de saúde a nível nacional, que deveria ser motivo de orgulho para o CHBV e para o SNS”.

Diamantino Sabina argumenta que “apenas no Hospital de Estarreja estão assegurados os circuitos de segurança e de excelência clínica que salvaguardam a integridade dos doentes intervencionados e de todos os serviços do CHBV avaliados pela ERS, apenas um foi classificado com nota máxima, e esse foi a Unidade de Cirurgia de Ambulatório de Estarreja que agora o Conselho de Administração pretende fechar”.

De recordar que foi efetuado um forte investimento em infraestruturas e equipamentos na unidade hospitalar de Estarreja, não se “podendo desperdiçar todo o investimento já efetuado tendo em vista particularmente o Serviço de Cirurgia de Ambulatório”.
 
As críticas do autarca são também dirigidas à forma como o Conselho de Administração do CHBV está a gerir todo o processo, ao “afirmar permanentemente que é sua pretensão levar o plano estratégico à discussão pública, contudo nunca o mesmo foi apresentado de forma atempada para que seja melhorado de forma construtiva por todos os intervenientes do CHBV”.

É num contexto de desconhecimento face ao futuro do CHBV, e em particular quanto aos serviços prestados pelo Hospital de Estarreja, que a equipa de Diamantino Sabina tratou de elaborar um plano estratégico alternativo para aquela instituição “já que não nos revemos definitivamente no documento anteriormente apresentado pelo Conselho de Administração do CHBV, nem nos resultados a que se propõe alcançar, notoriamente lesivos das populações e do interesse público”.

No encontro, constatada a falta de comunicação entre o Conselho de Administração do CHBV e demais entidades intervenientes neste processo, foi proposta a criação de uma comissão externa e independente para analisar e delinear um Plano Estratégico para o CHBV, onde a Câmara Municipal de Estarreja estará representada.