José Eduardo de Matos alerta Ministra para danos irreparáveis no Baixo Vouga

“Os danos agrícolas e ambientais são visíveis e em alguns casos, irreparáveis!”, alerta o autarca estarrejense. Mais uma vez a Câmara substituíu-se às entidades competentes e avançou para a reparação das margens do Esteiro de Canelas.

quarta, 17 de abril 2013

“Os danos agrícolas e ambientais são visíveis e em alguns casos, irreparáveis!”, alerta José Eduardo de Matos que pede a Assunção Cristas que “dê instruções junto da APA/ARH-Centro ou da Direção Regional da Agricultura, para que sejam assumidas as responsabilidades devidas nesta matéria e que nos ajudem a manter em situação minimamente estável em termos agrícolas e ambientais, esta área que deve ser a todo o custo preservada”. A situação foi transmitida pelo presidente do Município de Estarreja à Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território do Agricultura, Assunção Cristas, na última segunda-feira.

Na primeira semana de abril, o mau tempo provocou estragos nas margens dos esteiros de Estarreja, Salreu e Canelas, provocando a invasão dos campos agrícolas de Canelas e Salreu pela água salgada. A água salgada invadiu zonas até aqui a salvo de tal situação no Baixo Vouga Lagunar. O rio Vouga inundou toda a zona a norte, até ao esteiro de Canelas e em paralelo, na margem norte, um rombo de grande dimensão viu a sua dimensão agravada.

Câmara repara margens do Esteiro

Entretanto, a Câmara avançou para a reparação dos vários rombos que danificaram as margens do Esteiro de Canelas, que se encontra em fase de conclusão. Foi necessário aguardar que os níveis de água baixassem para que se pudesse avançar com a intervenção. Mais uma vez, a Câmara Municipal substitui-se às entidades que têm a competência de resolver estes problemas.

Assim que estejam reunidas as condições físicas, a autarquia avançará noutra frente para a correção das margens no Esteiro de Canelas, do lado de Salreu, e do Rio Antuã, numa ação articulada com a Associação de Beneficiários do Baixo Vouga. O autarca também refere positivamente o empenho de outras entidades e forças políticas no alerta e na defesa do projeto.

Os danos no Baixo Vouga têm sido reportados pela autarquia à APA/ARH Centro, que se tem remetido ao silêncio. “A Câmara Municipal de Estarreja, ao contrário da APA/ARH Centro, mesmo não tendo nem a competência nem a responsabilidade sobre a matéria, não vira as costas à situação”, afirmou José Eduardo de Matos à responsável da tutela.
 
José Eduardo de Matos considera, e transmitiu isso mesmo à Ministra, que “a autarquia não pode continuar a responder como até aqui a estes problemas que são, em primeira instância, competência do MAMAOT”. Além do mais, lembra o autarca, “está ainda por liquidar por parte de APA/ARH-Centro a comparticipação respeitante ao protocolo sobre diversas intervenções realizadas nos anos de 2009, 2010 e 2011 em Estarreja, que foi celebrado entre esta Câmara e a ARH-Centro no dia 28 de fevereiro de 2011”.

E mais uma vez, o estarrejense reclama a conclusão do projeto de defesa agrícola do Baixo Vouga. “Como é natural e porque tem de facto ligação, esta situação torna mais premente, se ainda o é possível ser, a urgente conclusão do dique do Baixo Vouga Lagunar, dado que só com esta intervenção poderemos avançar para uma solução global para este problema e para o pleno aproveitamento de 12 mil hectares de terras agrícolas”, lembra a Assunção Cristas que visitou a zona em causa em setembro de 2012.

 

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