DIA DO MUNICÍPIO ENCERRA FESTAS DO CONCELHO
quarta, 14 de junho 2006
A sessão comemorativa do Dia do Município encerrou a edição de 2006 das Festas de Santo António, da Cidade e do Município. A cerimónia “consagra a unidade e a identidade municipal”, sublinhou o Presidente da Câmara.
A Câmara quis assinalar, com a inauguração da Praça do Município, o percurso de 30 anos do democrático poder autárquico.
Nesta nova Praça “se representam várias gerações de Autarcas e, neles, os 3 Presidentes de Câmara de Estarreja que vão fazendo a história autárquica destes últimos 30 anos”, referiu o Presidente da Câmara, José Eduardo de Matos.
A obra simboliza “a homenagem a todos os Autarcas do concelho de Estarreja eleitos desde há 30 anos”.
A trajectória do Município leva o Autarca a afirmar que “Estarreja mudou” e ressaltou um exemplo dessa evolução: o ambiente.
“Que grande salto demos gradualmente. Da rede da água à rede do saneamento. Da qualidade do ar ao confinamento do passivo histórico do complexo químico. Da limpeza urbana à redescoberta da ria. Do Parque do Antuã à actuação responsável”.
Outros desafios se colocam, nomeadamente o Eco Parque Empresarial que “vem ganhando forma física e dimensão económica”. Neste Dia do Município, José Eduardo de Matos não deixou de referir o IC1 e a persistência de uma posição ainda que “incómoda e isolada”.
Essa “atitude de pé perante a vida” foi realçada na pessoa de Joaquim Lagoeiro, reconhecendo o “mérito a quem diz e não se abstém, a quem vê e aponta, a quem observa e sente, a quem sonha e escreve”.
O Município medalhou o escritor veirense, “este jovem de quase 90 anos, que é hoje, só o maior vulto literário do Município”, afirmou o Autarca.
Nascido em terra marinhoa, Joaquim Lagoeiro recebeu com alegria e humildade a Medalha de Mérito Municipal achando a distinção excessiva porquanto é “um simples paisana com algum jeito para pegar na pena, que da sua terra e seus problemas fez tema quase obsessivo”, disse.
Numa reflexão sobre o presente e antes de elogiar “o destacado homem de letras e cultor da nossa língua pátria”, o Presidente da Assembleia Municipal focou a importância das colectividades sublinhando uma realidade preocupante, a falta de voluntários para ocupar cargos dirigentes.
“Por ocasião dos necessários e regulares actos eleitorais para os órgãos sociais das nossas associações, vemo-nos confrontados com sérias e inesperadas dificuldades: não surgem voluntários para ocupar cargos de dirigismo associativo”, alertou Alcides Sá Esteves.
O Autarca apelou para que “dirigentes associativos se façam substituir” evitando-se o enfraquecimento ou mesmo desaparecimento das associações pois “sem elas, podemos ter por seguro o surgimento de graves problemas sócio-económicos e culturais..”.
As Festas de Santo António encheram por diversas vezes a Praça Francisco Barbosa, como aconteceu com o surpreendente concerto de Paulo Gonzo, com o vigor do Mercado Antigo ou com a vivacidade das Marchas de Santo António, onde desfilaram 6 centenas de passantes das sete freguesias do Concelho.
À força das tradições revisitadas e reforçadas, como o Mercado Antigo, juntaram-se os novos eventos, como a Concentração Internacional de GOLD WING, trazendo visitantes de toda a Europa, ou o show de Freestyle do campeão nacional Paulo Martinho visto por centenas no centro da Vila de Avanca.
Outra enchente recebeu o Cine Teatro com a peça “Coçar onde é preciso”, de José Pedro Gomes, que fez rir mais de 400 pessoas.
IMAGEM: O homenageado, em primeiro plano, recebe a Medalha de Mérito Municipal das mãos do Presidente da Câmara
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