O Espaço Internet (EI) de Estarreja comemora um ano de existência. O equipamento de acesso gratuito à Internet atingiu o primeiro ano de vida em Junho. E foi neste mês que o EI ultrapassou as 2000 inscrições, o que demonstra o sucesso do espaço de utilidade pública. Só em Junho, verificaram-se 100 novas inscrições, tendo o EI terminado o mês com 2081 utilizadores inscritos. O coordenador do Projecto, Luís Luzes, considera que a missão do EI – de integração dos estarrejenses na sociedade da informação e do conhecimento – está a ser cumprida. Munícipes até agora excluídos do mundo das novas tecnologias têm um espaço à sua disposição e utilizam-no. 5 PERGUNTAS A… Luís Luzes, coordenador do Espaço Internet de Estarreja 1. Um ano depois da entrada em funcionamento do Espaço Internet, o balanço é positivo? O balanço é extremamente positivo. Desde a sua abertura, o número de visitantes tem vindo a aumentar até ter atingido o nível actual que é de ocupação quase total durante todo o dia, todos os dias. Por outro lado, o retorno que recebemos dos seus utentes leva-nos a concluir que este é um equipamento fundamental para os estarrejenses tendo em vista a sua integração na sociedade da informação e do conhecimento. 2. O alargamento do horário até às 22H comprova a forte procura do EI? O novo horário acabou por satisfazer os utilizadores? O alargamento resultou, por um lado, do facto de termos sempre muitos utentes presentes no encerramento do EI por volta das 20 horas. Por outro lado sentimos que o EI poderia ser um factor dinamizador do centro da vila de Estarreja durante a noite, atraindo as pessoas para a praça Francisco Barbosa. A medida resultou e passámos a ter o EI sempre cheio nessas duas horas adicionais. 3. Qual o motivo que leva as pessoas ao EI? É um instrumento útil ou de diversão? O EI abraça essas duas componentes. Podemos dizer que na informática, muitas vezes, ao brincar estamos a aprender. De qualquer maneira temos utentes que procuram o EI apenas como objecto de diversão, para navegar na Internet de forma descontraída, conversar com os amigos através do chat, enviar e receber e-mails com brincadeiras, e temos outras pessoas que vão ao EI para tratar de assuntos pessoais através de serviços disponibilizados na web, procurar emprego, ou até mesmo para trabalhar. 4. O EI não se limita a “abrir as portas” uma vez que existem outras acções em simultâneo como a formação e a parceria com instituições. O objectivo passa por levar as TIC ao maior número de pessoas? Antes de chegar a um grande número de pessoas, esse objectivo já foi plenamente atingido, o EI pretende chegar àquelas pessoas que por qualquer razão estão excluídas da realidade das novas tecnologias. Refiro-me concretamente às pessoas que não dispõem de computador em casa, das pessoas de maior idade, das pessoas com menor grau de qualificação, etc. Para as atrair para a nova sociedade de informação e do conhecimento, o EI fornece gratuitamente cursos de formação em tecnologias de informação, cursos esses que terminam com a realização de um exame e que em caso do aluno ter aproveitamento passará a dispor de um Diploma de Competências Básicas emitido pelo Programa Operacional da Sociedade da Informação. 5. Existem aspectos a melhorar? Quais? No recente inquérito que realizámos junto dos utilizadores do EI uma das principais queixas, senão mesmo a única com expressão, era o facto de só existirem 8 computadores para navegar na Internet. De facto o espaço físico de que dispomos não nos permite colocar mais computadores. No entanto, penso que este problema será resolvido por um lado com a criação de um EI na nova Biblioteca Municipal de Estarreja e por outro lado com a criação de 7 EI com 4 computadores ligados à Internet nas sedes das Juntas de Freguesia do concelho de Estarreja, no âmbito do Programa Aveiro Digital 2003-2006.